Por Sebastião
Pinheiro
29 de setembro 2021
Ainda antes da realização do
Fórum Mundial conversando com duas pessoas pioneiras na criação da Cooperativa
Coolméia foi sugerido que o nome fosse registrado internacionalmente, pois
já valia mais de vinte milhões de dólares, pois servia para os objetivos
futuros das grandes transnacionais de alimentos tipo Hein Celestial, Whole
Foods Market, Nestlé ou Coca-Cola e que o grande segredo era
criar a Coolméia do B em função da biodegradação em início de percepção.
Hoje, vemos a
Nestlé anunciar 1,28 bilhões em investimentos mundiais em “Agricultura
Regenerativa”
parte da política da expansão dos megainvestimentos para o Agronegócios de
“alimentos de elite”, que combatemos desde antes de sua chegada com as
ONGs a serviço do Complexo Industrial Militar denunciado em 1960 por
Eisenhower, impactado pelo livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson.
Historicamente,
não conhecemos a realidade da agricultura camponesa através dos tempos fora de
uma ideologia política.
A estrutura agrária dos EUA era
baseada na “Home Land”, que após a guerra civil permitiu o surgimento de
comunidades de ex-escravos muito vigorosas naquele país com base agroecológica.
O grande cientista norte-americano George Washington Carver foi seu
mentor, organizador e educador após a Guerra Civil. A elite faz ignorar que as
razões ideológica das Revoluções Inglesas, Francesa, Mexicana, Russa e Cubana
foram por questões fundiárias, assim como todos os golpes militares na América
Latina para evitar aquele desenlace, sempre com apoio eclesiástico.
O desenvolvimento de
comunidades negras agro ambientalmente sustentáveis a partir de 1865, que
exigia políticas públicas de Estado passaram a incomodar, principalmente os
latifundiários da União derrotados nos EUA, por isso foi criada a “Ku Klux
Klan” para o terror e destruição delas.
No momento que em 1906, o
Congresso dos EUA obriga o magnata John Davisson Rockefeller
(originalmente Roggenfeldt) diversificar seus negócios, ele cria a General Education Board visando o sistema de organização e educação
industriais para aquelas comunidades mudando sua forma de vida em paralelo as
ações clandestinas protegidas da KKK.
A reação em 1914 foi a
proibição deste tipo de extensão rural em território norte-americano, passando
à mesma como educação no interior das universidades. Hoje se pode dizer que de
forma indolor desapareceram aquelas propostas, caracterizadas entre os camponeses
norte-americanos como “caipiras”, significando falta de instrução, cultura e
poder econômico.
O sistema
Rockefeller foi implantado em todo os países da América Latina patrocinado
(sponsor) pelos interesses industriais, militares daquele grupo, após a
primeira guerra mundial através do comercio de café e depois da Segunda Guerra
Mundial, principalmente pelos organismos multilaterais forjados no interesse da
Pax Americana como um serviço de educação para o consumo de capital e energia,
através de produtos industriais, principalmente.
A Extensão Rural na América Latina visou a domesticação de agrônomos para treinar, manipular, e introduzir Agrotóxicos e Adubos químicos solúveis para as crianças latinoamericanas manipularem, e convencer seus papais a utilizarem a síntese da indústria da Guerra em suas propriedade até perder o seu Biopoder Camponês, além das terras, saúde e organização econômica. Até hoje sofremos com essa eugenia mercantil.
O autoritarismo cívico-militar
de 64 sonegou tudo isso por razões obvias e não por ideologia política.
Contudo, na Alemanha derrotada na Primeira Guerra Mundial houve uma reação
contra os fundamentos da agricultura industrial de von Liebig vigente em
disputa hegemônica a partir de 1842, onde interesses financeiros impulsam as
tecnologias industriais em detrimento da cultura e harmonia socioambiental,
social lá existentes.
As pretensões de Hitler levara
com seus militantes ao incêndio do Gotheanum em Dornach na Basileia, no dia de São
Silvestre 1922/3 e solapar aquela pretensão alternativa, embora ela tivesse
grande apoio por sua consciência científica e cultural vista no curso de
Agricultura Biológico (Termo)-Dinâmica.
Após a Segunda Guerra Mundial
seus princípios foram através de propaganda e induções vistos como misticismo
esotérico, principalmente na instalação internacional da “Revolução Verde”, desde
seus primórdio, em 1930 no norte do México, para “impedir a consciência
sobre o Biopoder Camponês na Reforma Agrária Mexicana, através de subsídios
industriais às indústrias, como se fosse benefício ao agricultor. Impedir
o saber cultural por meio de marketing e políticas públicas induzidas e
subliminarmente anti-camponesas criando um hiato crescente.”
A vantagem econômica e
financeira do alinhamento do crescimento industrial à corrida armamentista no
interesse heráldico militar consolidará o Complexo Industrial Militar
denunciado por Eisenhower, impactado pelo livro Primavera Silenciosa de R.
Carson, contudo, tudo muito bem manobrado na Guerra Fria para bloquear reações.
Embora com um atraso de dez
anos começamos a brigar pela questão ambiental desde as reuniões do Clube de
Roma, Relatório Meadows e Conferência do Meio Ambiente em Estocolmo. Passados
cinquenta anos podemos ver o sucesso e a conscientização alcançada.
Invertemos a lógica industrial
destruindo o hiato e aproximando o camponês sujeito à tecnologia objeto por
meio do acompanhamento dos avanços científicos nas sedes e interpretando as
tendências tecnológicas de interesse industrial decodificando-as através de
alternativas de domínio camponês empoderando as organizações locais. Nossos
maiores empecilhos foram os militantes partidários preguiçosos e relaxados,
agentes alienados e infiltrados da ditadura. Foram superados pela organização e
conscientização.
O êxito maior foi com a
infância e gênero, principalmente nas organizações políticas com técnicos
desenvolvimentistas de baixa qualidade, obrigados a estudar e ampliar
horizontes.
A biotecnologia e redes
sociais massivas (web), com informática de metadatos e Lives que aproximam
pareciam uma vitória fácil a rede instrumento excelente para a eliminação do
hiato em beneficio camponês, mas o uso pela inteligência militar do CIM para
disseminar fake news, em nova forma de desinformação em massa, baseada na
alienação consumista e fanática pela ausência do Estado substituído, pela nova
crença de inclusão através de “igrejas”, acendem o fanatismo rentável.
O uso das redes sociais para
construção de educação superando a informação e consciência obriga o estudo
cada vez mais profundo nos temas contrariando o consumismo e endividamento. O êxito
desta estratégia está intimamente vinculado à identidade cultural de uma
comunidade, mas o poder econômico financeiro na periferia atua no legislativo,
executivo e judiciário para evitar qualquer construção consciente.
A indústria hoje lança a
plataforma da Fenômica, ou seja o genótipo+a Natureza no bioma ou na
artificialidade já quase bicentenária (2042). A Fen-ômica lança abre uma estela
de tendências e açula a academia para atender seus uivos.
A metagenômica, metaproteômica, metatranscriptômica e metabolômica e
metabonômica são partes da práxis camponesa, em uma agricultura que não há no
bioma, embora ele seja o laboratório do camponês.
Enquanto ele souber que não
existem duas coalhadas iguais, em uma comunidade, em uma região em um estado,
país, continente ou planeta e sistema solar, estará satisfeito, pois jamais
será derrotado e o CIM terá de investir cada vez mais de forma centralizada na
sedes para concorrer. Pois jamais haverá uma tecnologia de qualidade a partir
do CIM, pois a do camponês tem dez mil anos de razões para superá-la. Hoje é o
dia internacional do milho, oriundo Zea mays parviglumis do Vale
do Balsas em Guerrero, México, só que já há raças, que são chinesas, outra
guaranis, outras imberá outras incas...
Julian Mendoza,
En el día Nacional del Maíz les presentamos la "Campaña Nacional de Sensibilización sobre el decreto de eliminación del glifosato en la Agricultura Mexicana" iniciativa conformada por la Universidad de Monterrey, Instituto Omatl y Jardín de Vida A. C. con apoyo del CONACYT, donde se convocaran a campesinos y campesinas para dialogar y compartir saberes para la transición agroecológica del maíz en México, acompañados por el precursor de la agroecología campesina latinoamerica Sebastião Pinheiro.
Este viernes en rueda de prensa en el CIESAS Occidente se hará la presentación de la campaña, para seguir las actividades y encuentros campesin@s, abajo les dejo la pagina del Grupo Interdisciplinario de Agroecología y Economía Social donde se anunciaran todos los eventos.