Palestra ministrada pelo maestro Sebastião Pinheiro, em Chapingo UACH/México - setembro 2017:
"A água e solo, primeiro coração, gera a espiritualidade ultrassocial do Bio-poder campesino e a agroecologia impede a destruição da vida, espiritualidade, solo e bio-poder campesino pelas violências estruturais da sociedade industrial inconsciente ou heteronômica."
Mesma palestra outra fonte...
Um diálogo atualizado e corrigido com o estudante Marcelo (Ufscar Araras - Agroecologia SOCLA) pelo facebook em resposta ao texto: AGROECOLOGIA & AGRONEGÓCIO, QUANDO REDUCIONISMO E HOLISMO SÃO AMBIVALENTES
"tudo que é dito foi dito por alguém", se escrevo, que seja pela vontade do coração.
Que luz de espírito se apagou?
Que coração deixou de bater?
Que solo deixou de produzir?
Qual jovem deixou de lutar?
Qual sonhador deixou de sonhar?
Que sol deixou de nascer, que Ser deixou de buscar a verdade?
Qual luta feminina deixou o canto, pois são passarinhas e querem ser livres na alegria do universo...
Quem é que está sonhando com um socialismo ou melhor, uma sociedade mais justa, sem a luta, meus caros amigos e amigas. Aos nossos jovens: o universo inteiro é uma utopia. Assim como um cachorrinho de pelos ao vento passeando de Porsche Cayenne em São Paulo foi um dia a utopia do lobo, "a agricultura ecológica é a utopia da agricultura industrial moderna"...
Tião e Jairo, e nós aqui neojuquiranos! Posso assim me considerar. Neste caso, aos dois Educadores citados de sensacionalista, explicam o espírito a partir da natureza. São seres sencientes em missão na Terra. São para mim sensacionais meus caros amigos e não tem nada de sensacionalismo aqui. É coisa séria! Nada de fatalistas e sim realista dentro do entendimento da situação atual imposta por um sistema industrial em um esquema diabólico e perverso para com seus semelhantes humanos.
O Movimento que encaram e encaramos, me incluo também, pois ainda sou e somos sementes, ali, aqui e acolá, estudando, estudando e estudando, mas também com senciência deste momento; usando mais uma vez o que escrevia Marx e Engels na dialética ‘coisada’ da coisa, “20 anos não são mais do que um dia” para um fogo de revolução de uma pertinácia que ainda insiste em bater em nossos corações quiçá levaremos para o túmulo até chegarmos no que nos falta, a emancipação final! A ditadura não eliminou totalmente o campesino, campesina, pois somos juquira... Quero lhe dizer, que o Tião tem 50 anos de luta e foi estudante do curso técnico CTA – colégio técnico agrícola de Jaboticabal – Unesp.
Aproveito para colocar um pouco do currículo que tenho do Professor Sebastião Pinheiro:
Sebastião Pinheiro, é paulistano, cidadão de Porto Alegre, técnico em Agricultura por Jaboticabal, SP, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro Florestal, pela Universidade Nacional de La Plata, Buenos Aires, Argentina. Autor e co-autor destes livros: “Transgênicos: o fim da Gênesis”; “Cartilhas dos Agrotóxicos”; “Cartilhas Sobre Transgênicos”; “A Máfia dos Alimentos no Brasil”; “Tucuruí – o Agente Laranja em República de Banas”; “Ladrões de Natureza – uma reflexão sobre a biotecnologia e o futuro do planeta”; “Agropecuária Sem Veneno”; “O Agente Laranja em uma República de Bananas”; “Amor à Arma e a Química ao Próximo”; “Just do it”; “Biotecnologia: Muito Além da Revolução Verde (tradução e contribuição)”; “A Agricultura Ecológica e a Máfia dos Agrotóxicos no Brasil”, parceria com Nasser Youssef Nasr, Dioclécio Luz; e o mais rescente, “Saúde no Solo (Biopoder Camponês) x Agronegócio (Efeito Estufa, Agrotóxicos, Violência, Mudança Climática, Commodity, Erosão, Exôdo, Fome, Seca, OGM...)”; Resgatou, traduziu e publicou: “O HÚMUS: ORIGEM, COMPOSIÇÃO QUÍMICA, E IMPORTÂNCIA NA NATUREZA”. Por SELMAN ABRAHAM WAKSMAN Professor de Microbiologia do Solo da Universidade de Rutgers e Microbiologista na Estação Experimental de Agricultura de Nova Jersey; “Pães de Pedra, Julius Hensel. Medalha de Ouro do Confea (1985); Mérito Agronômico da Federação das Associações dos Engenheiro Agrônomos do Brasil (1989); Delegado brasileiro no Codex Alimentarius, das Nações Unidas, em 1979, nos Países Baixos; Delegado brasileiro na Conferência de Agricultura e Desenvolvimento Rural Sustentável, da FAO, na Holanda (1991). Ex-analista do Laboratório de Resíduos de Agrotóxicos do Meio Ambiente, e funcionário aposentado do Núcleo de Economia Alternativa (NEA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Sebastião também foi consultor ou fiscal (?) do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Desenvolvedor do Biofertilizantes fermentado junto ao produtor Delvino Magro.
Me desculpe, pois concordo no que dizem que 'a Agroecologia está além das Instituições'. No caminhar histórico da humanidade são os coletivos e as rupturas, que resistem mesmo 'inconscientes' como posto por Karl Polanyi que a sociedade de alguma maneira resistiu a todas as iniciativas que pretendiam 'transforma-la em meros apêndices do mercado'. Mas, as Instituições tem histórias para nos contar do porque não avançamos (por exemplo o por que do ISA está no Vale do Ribeira sendo patrocinada pela Fundação Ford?.. Porque? Por que que não é a juventude Quilombola que leva sua cultura, a sua agricultura para a universidade e sim a universidade que leva a agroecologia para sua cultura secular? Ou não é a agricultura de quilombos, indígenas e de missões o nosso referencial de agricultura...?) Aonde está a Segurança Social no campo dos 80 milhões de hectares registrados para agricultura familiar? Hoje alvo de interesse do Banco Mundial... (veja os dados do PRONAF Banco do Brasil, em que se gastam os créditos rurais...) Apesar deste tipo, de uma 'corrupção institucional' presentes em nosso meio, infiltradas em nossas comunidades desde 1930, ou muito antes, são outras que como as Redes, Cooperativas, Associações, Universidades, a saber Autarquias, a saber grupos (CRB da elite agrária), conselhos, etc., evoluem e co-evoluem na sociedade, como nos escreve Buda, "Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade". No conceito de mundialização, o que é diferente de Globalização (capitalista, de uma via única somente para os países 'desenvolvidos'), as Instituições darão força de alguma maneira para que nossa cultura seja respeitada, e que de alguma maneira conquistamos as políticas públicas necessárias para apoiarmos no mínimo a educação e a saúde a todos. E saúde começa na terra, e na sua revolução agrária em prol da ética e da liberdade de viver neste país.
É muita gente para
sobreviver e células famintas, acaba perdendo o cérebro e expande o câncer, a violência.
Fiquemos atentos às Instituições que falam da paz à liberdade.
Atualmente "a Globalização está em função de sequestrar a construção da história e da memória dos povos. Uma pessoa que não participa da construção de sua história jamais poderá desenvolver/aflorar consciência". Jairo Restrepo/Buenos Aires - março/2016.
O respeito aos agricultores/as e, à democratização da alimentação, estamos agora, no fervor desta guerra. Contra uma máfia dos agrotóxicos, informação (marketing & TV), alimentação e saúde. Mais uma vez expomos aqui: o MAPA não representa a coordenação ou certificação da Agroecologia e Orgânicos; a instituição MAPA foi criada por uma elite agrária deste país e para uso técnico dela própria. Essa elite está atenta a qualquer levante camponês em nosso solo Latino. É importante o estudante ler o livro da Sônia Regina de Mendonça, Agronomia e Poder no Brasil.
Não é dos estudantes que esperamos uma resposta e sim dos que estão a frente das próprias Instituições; principalmente daqueles técnicos/as inserido no meio comunitário. Estão aqui desde de tempos nos distanciando da verdade e, mais profundo ainda, nos degrada, engana nossas comunidades em parceria antigas com e.u.a. (ver fotos Juventude Rural das América, 1960 página Saúde no Solo). Dos estudantes esperamos que acenda a chama do texto, dos gritos, dos cantos, nos diálogos e nas comunicações com mais lucidez e estudos nos habitats ‘agroecológicos’. Todo canto selvagem deste país em que se preserva a cultura possui a agroecologia que queremos. Portanto, é preciso e queremos que o descontentamento, o estado de revolução, o compreender e o indagar esteja inflamado no jovem.
A roseira não sabe o momento em que o calor lhe esquenta a seiva, e lhe sobe por ramos e folhas, mais sente que sabe que o seu desabrochar na mais expressiva mágica rosa vermelha vida é o aroma e a doçura de sua morte.
Em paz seguimos meus irmãos/as. A luta é mesmo infinda; desde da ditadura com diz o poeta Urariano Mota no título de teu livro, 'a mais longa duração da Juventude', e quando somos capaz de olhar, observar, de examinar, estaremos então livre do temor. Caminhamos. Aproveitem as investigações que nos traz nosso maestro Tião.
Viva Zapata!
Abraços, Oliver H. Naves Blanco
P.S. aceitamos correções, contribuições, críticas e atualizações...