O pequi é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, muito utilizada na  cozinha nordestina, do centro-oeste e norte de Minas Gerais.
O pequizeiro é uma arvore protegida por lei que impede seu corte e comercialização em todo o território nacional.
            A árvore do pequí atinge geralmente 10 metros de altura, tronco com  ramos grossos, normalmente tortuosos, de casca áspera e rugosa de cor  castanha acinzentada.   Folhas pilosas, recobertas com pelos curtos, compostas, formadas por  três folíolos com as bordas recortadas, tendo as nervuras bem marcadas.  Suas folhas, ricas em tanino, fornecem substância tintorial, usadas  pelas tecelãs.       Grandes flores brancas-amareladas, vistosas e bastante decorativos. As  flores,  de até 8 cm de diâmetro, são hermafroditas. O pequizeiro  floresce durante os meses de agosto a novembro. Fruto tipo drupa, arredondado, casca esverdeada, como um abacate  pequeno, só que mais rechonchudinho. O fruto, do tamanho de uma pequena  laranja, está maduro quando sua casca, que permanece sempre da mesma cor  verde-amarelada, amolece. Polpa de coloração amarela intensa que  envolve uma semente dura, formada por grande quantidade de pequenos  espinhos. Seu caroço é dotado de muitos espinhos, e há necessidade de  muito cuidado ao roer o fruto, evitando cravar nele os dentes, o que  pode causar sérios ferimentos nas gengivas. Frutificação de novembro a  fevereiro.     Altamente calórico, perfumado, assim como o gosto meio adocicado, é  usado como condimento. O fruto do pequizeiro é rico em Vit. A e C,  principalmente. Sua polpa contém uma boa quantidade de óleo comestível,  sendo muito rica em vitamina A e proteínas.
A amêndoa ou castanha é comestível e muito saborosa. É utilizada na indústria de cosméticos para a produção de sabonetes e cremes, usado para fortalecer a pele.
O óleo da polpa tem efeito tonificante, sendo usado contra bronquites, gripes, resfriados e controle de tumores. O chá das folhas é tido como regulador menstrual, combatendo também enfermidades dos rins e bexiga. O pequi deve ser comido apenas com as mãos, jamais com talheres.
Deve ser levado a boca para então ser "raspado" - cuidadosamente - com os dentes, até que a parte amarela comece a ficar esbranquiçada e parar antes que os espinhos possam ser vistos.
Jamais atire os caroços ao chão: eles secam rápido e os espinhos podem se soltar.
A castanha existente dentro do caroço é muito saborosa; para comê-la, basta deixar os caroços secarem por uns dois dias e depois torrá-los.
            A raiz é tóxica e, quando macerada, serve para matar peixes. Sua  madeira é de ótima qualidade, alta resistência e boa durabilidade. A  madeira fornece dormentes, postes, peças para carro-de-boi, construção  naval e civil e obras de arte. Suas cinzas produzem potassa utilizada no  preparo de sabões caseiros. A casca fornece tinta, de cor acastanhada,  utilizada pelos artesãos no tingimento de algodão e lã.                     É também conhecido como piqui, piquiá, pequerim, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, suarí. A palavra pequi, na língua indígena, significa "casca espinhosa".Culinária do PEQUI:
   Frango com Pequi
Ingredientes: Um quilo de frango, cebolinha picada, doze pequis.   
Modo de fazer: Corte o frango em pedaços, tempere com alho e sal e refogue. Deixe  grelhar um pouco e, a seguir, acrescente os pequis e a cebolinha, cubra  com água e cozinhe por cerca de 20 minutos. Sirva quente. Para  acompanhar, arroz branco.
Arroz de Pequi
Ingredientes:
1/4 de xícara de chá de óleo ou banha de porco
1/2 litro de pequi lavado
2 dentes de alho espremidos
1 cebola grande picada
2 xícaras de chá de arroz
4 xícaras de chá de água quente
Sal a gosto
Pimenta-de-cheiro ou Malagueta a gosto1/4 de xícara de chá de óleo ou banha de porco
1/2 litro de pequi lavado
2 dentes de alho espremidos
1 cebola grande picada
2 xícaras de chá de arroz
4 xícaras de chá de água quente
Sal a gosto
Salsinha, cebolinha picada a gosto
             Modo de Preparo: Coloque o pequi no óleo ou gordura fria (se usar o fruto inteiro, não é  preciso cortar, mas cuidado com o caroço). Acrescente o alho e a cebola e  deixe refogar em fogo baixo, mexendo sempre com uma colher de pau para  não grudar na panela, e respingue um pouco de água quando for  necessário. Quando o pequi já estiver macio e a água secado, acrescente o  arroz e deixe fritar um pouco. Junte a água e o sal. Quando o arroz  estiver quase pronto, coloque a pimenta-de-cheiro ou malagueta a gosto.  Na hora de servir, polvilhe o arroz com salsa e cebolinha e um pouco de  pimenta. 
Observações: Para esta receita, não utilize panela de ferro, pois a fruta fica preta. Cuidado! Se você morder o caroço, ficará com a boca cheia de espinhos. O jeito certo de comer o pequi é roendo. 
Dica: Para acompanhar, carne-de-sol frita ou assada no espeto sobre brasas.
          Medicina do PEQUI:

O Pequi também ameniza o tratamento de câncer
            Pesquisadores da UnB mostram que fruto ameniza ação degenerativa de drogas do tratamento da doença   Há quem não goste, mas quem não dispensa o pequi, um dos mais  tradicionais ingredientes da culinária goiana, tem agora mais motivos  ainda para consumi-lo. 
          O fruto típico do Cerrado tem propriedades que o  indicam como coadjuvante eficiente no tratamento de câncer e, ainda,  para o retardamento da velhice. Os dados foram levantados em pesquisa  coordenada pelo professor César Koppe Grisólia, do Laboratório de  Genética do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília  (UnB).  A pesquisa concluiu que o pequi é capaz de proteger as células dos  efeitos colaterais das drogas usadas no tratamento de câncer, que  costumam ser muito violentos. 
           Os testes realizados em camundongos  submetidos a uma combinação de substâncias como ciclofosfamida e  blomicina, usadas no tratamento de pacientes com câncer, revelaram que o  pequi exerceu efeito protetor contra os danos causados às células pela  combinação das drogas. “Verificamos que o pequi amenizou a ação  degenerativa das substâncias”, informou Grisólia, que ministrou o  extrato do fruto uma vez ao dia às cobaias. 
           A idéia de investigar as propriedades do pequi veio com a descoberta de  que ele era rico em vitaminas A, C e E. Outro benefício do consumo do  fruto detectado pelos pesquisadores é que ele retarda a ação dos  chamados radicais livres, moléculas que se formam no organismo humano e  provocam reação danosa às células. Essas substâncias podem levar à  formação de tumores, ao surgimento de doenças cardiovasculares e ao  envelhecimento.  Grisólia afirma que essa pesquisa é a primeira de uma série que ainda  está por vir. “Ainda não foram feitos estudos em humanos e não sabemos  qual o índice da proteção”, explica o professor. Ele salienta que o  maior mérito da pesquisa é chamar a atenção para a necessidade de  preservação do Cerrado, que está sendo destruído pela expansão da  fronteira agrícola e, no caso do pequi, para o aproveitamento de sua  madeira pela indústria carvoeira. 
           “O pequi em pé é mais importante do  que transformado em carvão”, ressalta Grisólia. O professor diz ainda  que é provável que outras frutos do Cerrado, de cor amarela e também  ricos em caroteno, tenham o mesmo potencial.

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