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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

domingo, 1 de março de 2020

Re we lelay tati



29 de fevereiro
Por Lisarb, o Mapuche 

“Re we lelay tati”, é um dito mapuche que significa “As coisas não são necessariamente o que parecem”, o que eles mostram são bem mais, o que querem ocultar”... “Inche” ontem fiquei assombrado, tantos quanto muitos, ao assistir o vídeo do político Ciro Gomes. Não fiquei muito impressionado, porque dois dias antes havia visto a versão anterior, de igual conteúdo e contundência. Na segunda vez, tive condições de superar o "ilusionismo" e me perguntar: em qualquer país do mundo estaria judicializado pelo Ministério Público por ele não respeitar a cidadania, crianças, idosos e família, mas por que não aqui? Que pantomima ele representou?

Não é permitido confundir liberdade de expressão com ofensas, agressões ao telespectador e ao ouvinte a não respeitar nossas liberdades interiores, "kidü ngenwen". Sereníssimo digeri seu discurso. Lembro-me de que em sua primeira campanha presidencial, se apresentou como natural de Pindamonhangaba, do Estado de São Paulo, quiçá para obter maior penetração no estado por sua elite preconceituoso com nordestinos. Ele foi candidato novamente e ministro de três governos, não é um neófito na política. Sua "vida" nada mais é do que uma candidatura oportunista fora do espaço político, legal, como disse o pampeano: "Em um rio turbulento, é melhor para o pescador".

De tudo o que ele disse, há algo muito perigoso e impactante: "o governo organiza escalada de guerra contra a Venezuela"...

Isso me fez procurar ler o livro de Ziley Mora Penros, Filosofia Mapuche, para entender dez anos depois a série de televisão Walking Deads, os mortos-vivos ou zumbis latino-americanos.

Estamos com um governo Zumbi (alüliwen); militares zumbis (milícias) com gerenciamento da vida, por não tê-la. A televisão mostrou um governo estadual reunido com um governo federal e amotinados responsáveis ​​por uma escalada de assassinatos, assaltos e violências contra a sociedade tentando aumentar salários contra a constituição, na presença de um ministro da justiça, ministro da Defesa, general interventor militar, que não se dão conta que são "zumbis", sem poder algum, exercendo uma pantomima, por ser tudo isso contra a constituição. O zumbi acha que pode tudo.

Os zumbis não têm vida, não sabem o que significa liberdade. Veja o conceito de liberdade jurídico romana ou da nobreza medieval, que existe não apenas em Pindamonhangaba, mas em todos os países, que nada tem a ver com a liberdade interior "kidü ngenwen" da cultura mapuche.

O que Ciro disse e na reunião apresentada ontem na TV não desperta os cidadãos, pelo contrário, o entorpece ou pior, transforma-os em zumbis consumistas. Nos últimos governos da constituição atual, continuou o "laissez faire" da ditadura. Não houve despertar nas escolas para o "inche" interior das crianças, que hoje seriam jovens adultos em sua maioria, acompanhadas por uma juventude sem temor a nenhuma besta honesta/corrupta, democrática/autoritária, ignorante/competente. A questão não é esta e é muito mais profunda. Veja a força (nawen) que vimos e vemos no Chile.

O 15 de março é um dia para despertar, entendam bem, deixar de ser zumbi ou morrer tentando voltar para casa (roka).

O governo olhou para o espelho e percebeu que é um vampiro, outro tipo de zumbi, logo necessita de uma convalidação no Terceira Turno para polarizar mais ainda mais a sociedade de alienados, deslumbrados e consumistas sem dinheiro ou emprego.

Não permitam que eles entrem em seus intestinos para extrair sua liberdade. É isso que ensinas os mapuches. Busque um Machi e seu cultrún.

Eles não construirão cidades, nem grandes pirâmides ou observatórios astronômicos, mas ninguém desenvolveu o ser humano com um nível de consciência superior ao deles. O exemplo da juventude chilena deve ser entendido, compreendido. Lá também há um governo de Walking Dead (zumbi), que não pode se olhar no espelho, igualzinho aos políticos oportunistas.

Marichiweu! Cada um que cai surgem mais dez.

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