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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

domingo, 22 de março de 2020

"novo humano"




22 de março 
Por Sebastião Pinheiro 

Bom dias,  

Lisarb (L) no teclado e em frente ao monitor, feliz por ainda ter contato on-line, conversava com o amigo Spooky e outros buscando superar o clímax do medo e do totalitarismo consolidado pelas grandes cadeias de comunicação, cúmplices e responsáveis ​​pela pandemia e todos que dançam em êxtase e desesperados, como mariposas em volta da lâmpada, fazendo as panelas de tambor ou aplaudindo os da saúde com suas palmas nas janelas. Mas a vida se resumiu maciçamente nisso?

Spooky (S), desencorajado, contestou: Nunca uma Nova Ordem começa simultaneamente para todos; privilegiados são aqueles que têm lucidez para pensar o amanhã com um séculos de antecedência, sem divagações ficcionistas, superando medos, incertezas e totalitarismos. Devemos resgatar os valores comunitários pela alteridade que vimos como atraso, ignorância ou preguiça. A autoestima indígena, a humildade do camponês indígena retornar como a tranquilidade em um mundo que não pode especular, não pode ameaçar e não tem saída. Somente o Sol continua inexoravelmente sua trajetória cultural, mostrando ao humano o seu rosto no espelho da natureza. A nova ordem está em andamento, jamais como nunca antes.

Não importam o inepto presidente cretino, ao baixar um decreto contra o candidato a governador oportunista que busca lucidez na emergência de bombeiros, mas não a sabedoria do educador, mesmo que julgado por profissão, não se atreveria a dizer de vocação.

L - Sim, a publicidade e propaganda fazem os canais de educação, religião, convívio através de comunicações dirigidas ou "universais" que cultivam a violência, o ódio e todos os "pecados capitais" reparam que suas imagens são os grandes responsáveis ​​pelo caos alienante. As avós sorriem ou deixam de ser visíveis apenas aos olhos dos netos. Os adultos reconhecem seus erros, vaidades na mesma velocidade em que perdem a alienação.

S - A quarentena deve ser o fundamento de novos tempos, para aqueles que acreditam, que o Jonas ao engolido pela baleia ou, mais poeticamente, a "larva do papalote" que aguarda imensamente o endurecimento de uma crisálida ou pupa, na possível esperança de renascer ou voo do adulto.

 Esse período passa rapidamente, mas no relógio de cada um, pois como disseste o Sol continua produzindo inexoravelmente a abóbora, mas ela não tem nada a ver com a Bolsa de Chicago ou a especulação de uma cadeia de coiotes, necessita somente da agricultora que o domestique por toda a vida. Ela, a abóbora não será mais produzida por uma empresa transnacional que valoriza 500 vezes mais o marketing, não há como transformá-la nos próximos dias, semanas, meses. Os idiotas estão preocupados com a ansiedade em tomar um chá ou chá de ervas para fortalecer a esperança. Do alto de sua ignorância especializada, dizem que não avançam a solução da avó, que outros sem especialidade transformaram em seu produto alternativo.

L - Che, amigo, teremos tempo, muito tempo deixamos que outros venham para expor seus anseios e esperanças ou não alienação. É importante o canto, cultura, e relacionamento, quando os pastores da "parem de sofrer", sem voz percebem quem são; os militares armados estão desamparados; políticos, cegos, desarmados, sem voz e fora de lugar no novo. Foi isso que a Merkel disse com todas as letras e o canto disse: - comece de novo ...

S – Será, que aqueles, seguindo o exemplo de Siddhartha, do Nazareno, Nezahualcolt, Muhammad, Schweitzer, subiram em uma motocicleta e aproveitaram a juventude, a vida propondo o "novo humano" na natureza antiga, como Illich disse, por que ouço as avós, como eu em Yaviche.

O diálogo não é interrompido, continua com o verdadeiro Chomsky ou uma farsa da inteligência desesperada, pois muitos viram anteontem em muitas canções do mundo, como por exemplo em Yaviche, nas Serras de Oaxaca, com avós e netos em diálogos de esperança e alegria.

Sem medo, com o mesmo livro dos pastores cegos e sem vozes; com as mesmas armas dos militares indefesos; os mesmos conhecimentos dos médicos vaidosos. Há um dia radiante que nasce cheio de futuro e jovialidade.

Carpe diem, no biopoder ultrassocial camponês, além da epidemiologia estatística industrial periférica.


***
O conhecimento
caminha lento feito lagarta.
Primeiro não sabe que sabe
e voraz contenta-se com o cotidiano orvalho
deixado nas folhas vividas das manhãs.

Depois pensa que sabe
e se fecha em si mesmo:
faz muralhas,
cava trincheiras,
ergue barricadas.
Defendendo o que pensa saber
levanta certezas na forma de muro,
orgulhando-se de seu casulo.
Até que maduro
explode em voos
rindo do tempo que imaginava saber
ou guardava preso o que sabia.

Voa alto sua ousadia
reconhecendo o suor dos séculos
no orvalho de cada dia.
Mesmo o voo mais belo
descobre um dia não ser eterno.

É tempo de acasalar:
voltar à terra com seus ovos
à espera de novas e prosaicas lagartas.

O conhecimento é assim:
ri de si mesmo
e de suas certezas.
É meta da forma
metamorfose
movimento
fluir do tempo
que tanto cria como arrasa
a nos mostrar que para o voo
é preciso tanto o casulo
como a asa.

MAURO IASI








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