05 de agosto
Por Sebastião Pinheiro
As Chinampas mexicanas são um sistema respiratório celular [processo onde os nutrientes são convertidos em energia útil no solo, ao mesmo tempo que elimina produtos residuais, respectivamente dióxidos de Enxofre - Carbono e água], que atuam no metabolismo de seres primitivos do Enxofre e Oxigênio em sucessão, por ação humana sincronizada, oferecendo gradientes no tempo-espaço a ambas, para a biodiversidade reguladora dos ciclos biogeoquímicos do planeta, em especial o Ciclo da Matéria Orgânica, conjunto dos Ciclos do Carbono e Enxofre.
A respiração celular do S combina suas duas valências com Carbono e ou Oxigênio, e reage com outros minerais. Há três tipos de respirações anaeróbicas celulares na ausência de Oxigênio:
a) Fermentação de álcool (tio álcool),
b) Fermentação de ácido lático e [Lactobacillus® no solo reduz a biodiversidade microbiana?]
c) Decomposição de matéria orgânica.
A quantidade de respiração celular necessária para que um organismo se mantenha em um estado constante é denominada de respiração de manutenção; já fisiologicamente a respiração significa o transporte Enxofre/Oxigênio e seus dióxidos de Carbono entre as células e o ambiente externo, através de diversas formas na natureza, onde cada ser tem seu sistema respiratório (anatômico), desde uma membrana até um aparelho usado para passar o ar para dentro e para fora pelos órgãos respiratórios.
A Ecologia da Regulação Biótica do Planeta, preocupa-se com a dinâmica da respiração do Carbono, um conceito usado no cálculo de carbono (como CO2) fluxo ocorrendo na atmosfera e a Respiração do Ecossistema, medição da produção bruta de dióxido de carbono por todos os organismos em um ecossistema (incluindo a fotorrespiração enzimática de RuBP e Oxigênio.).
Os vulcões garantem o abastecimento abundante de Enxofre e Minerais (Ferro) às Chinampas. Isto é bem menos presente e notável na Terra Preta de Índio da Amazônia, onde a excessiva pluviosidade os lixivia. A formação da TPI usa a migração dos minerais ventilados desde o Saara e arrastados desde a Cordilheira dos Andes pelos rios, depositados nas vazantes.
A Amazonia está sobre a placa tectônica Guiano-brasileira de origem basáltica que é a rocha-mãe dos seus solos, que através do tempo e calor pelo aspecto redutor da pluviosidade o reduz a Óxido de Ferro II.
Da mesma forma a matéria orgânica em grande parte é oxidada [C(s) + O2(g) → CO2(g)] à Dióxido de Carbono (CO2) gasoso.
A Redução indireta através de monóxido de Carbono (CO) pela ação enzimática (Ф) pode ocorrer: o óxido de Fe III é reduzido a CO em três estágios:
3Fe2O3 + CO Ф → 2Fe3O4 + CO2
Fe3O4 + CO Ф → 3FeO + CO2
FeO + CO Ф → Fe + CO2
O Fe3O4 é diretamente reduzido a Fe passando à wustita (FeO). Já a redução indireta é através de Hidrogênio (pluviosidade), também enzimática em 3 estágios:
3Fe2O3 + H2 Ф → 2Fe3O4 + H2O
Fe3O4 + H2 Ф → 3 FeO + H2O
FeO + H2 Ф → Fe + H2O
A redução direta pelo Carbono durante a coivara ou queimada Δ:
No processo de redução direta do Carbono sólido, as três seguintes reações de redução podem ser escritas:
3Fe2O3 + C Δ → 2Fe3O4 + CO
Fe3O4 + C Δ → 3FeO + CO
9 FeO + C Δ → Fe + CO
Somente uma mínima quantidade de redução poderá ocorrer através de contato direto de reação de partículas de Carbono sólido-sólido, de forma lenta através do monóxido intermediário.
O próprio solo fecha o ciclo da Matéria Orgânica, mas a mão humana é vital, no caso do Enxofre abundantes nas cinzas vulcânicas para as Chinampas, mas escasso no Amazonas.
Ela é feita pela inoculação microbiana na TPI através de excrementos humanos ricos em S de origem animal (caça, peixes e vegetais) como matéria orgânica excretada na vida microbiana de Enxofre e sua ação junto à biomassa, resíduos de lenha como “piro carvão”, e resíduos vegetais ricos em tecidos duros das cascas de cocos abundantes na dieta indígena pela riqueza em azeites. As cascas dos cocos são abundantes em lignina, esclerossomas (esclereídas), presentes na cor café de muitos rios amazônicos, como o Rio Negro.
Estes esclerossomas são polímeros de núcleos aromáticos de α, β e γ Fenilpropano, substância precursora na síntese microbiana de ácido chiquimico, que dá origem a todo o metabolismo secundário dos microrganismos e plantas, ligados à saúde e biodiversidade microbiana no solo e bioma. (ver abaixo).
O Fenilpropanóide é responsável ainda pela formação da “melanina”, importante para a absorção na fotorrespiração ao transformar a partícula (fóton) sobre o corpo negro que é o solo escurecido por ela para transformar o fóton em luz e calor. Luz, estratégica para as ações do Silício, Ferro e minerais no metabolismo do Carbono e Enxofre, e, na geração de calor celular para a vida microbiana.
Os α, β e γ Fenilpropanos (também denominados de fenilpropanóides) são essenciais para a síntese do aminoácido Fenilalanina, que deriva o Triptofano, Tirosina e muitas outras substâncias do metabolismo secundário de forte impacto sobre a saúde (sistemas imunológicos), e regulação biótica da natureza.
Os fenilpropanóides são encontrados em todo o reino vegetal, e servem como precursores de uma série de polímeros naturais, os quais fornecem proteção contra a luz ultravioleta, defesa contra herbívoros e patógenos, além de mediarem interações planta-polinizador por pigmentação e compostos de aroma floral (Ácidos hidroxicinâmicos; Aldeídos cinâmicos e monolignóis; Cumarinas e flavonoides; Estilbenoides, nele o renomado trans-resveratrol), todos oriundos da molécula das esclereidas compostas de α, β e γ Fenilpropano. Nestes quatro compostos está grande parte do sistema imunológico adquiridos através da alimentação pelos animais, vegetais e microrganismos a partir do solo vivo, que é a Terra Preta de Índio da Amazonia e outros do sistema Waru-Waru e Chinampas Mexicanas. Este é o grande legado agroecologia, indígena camponesa, que denominamos de Biografeno, Biofullereno, antagônicos ao mercantilizado BIOCHAR, que nada mais é que “piro-carvão”, com a função da Fênix grega de ressurgir das cinzas. Mas a sabedoria de Tainá-Kan usou o fóton, o Enxofre e o Carbono para produzi-lo, tudo isso graças a compreensão de Denakê.
Lisarb vendo a jarra de “água-miel de maguey” e saboroso aroma perguntou, irreverente – A que comemoramos?
Spooky levantou a caneca: - A mitologia do Povo Karajá e ao musgo dos agronegócios nas restevas no Cerrado e Amazonia, pois vamos precisar de muito inóculo de qualidade. - Pensei que ias falar tudo, mas o principal escondestes... Ambos começaram a tomar. – Te sobra algum Cohiba?
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