Por Sebastião Pinheiro
La Jornada, sábado, 20 de fevereiro de 2021, p. 22
O portal Progressive International divulgou as publicações da mídia Brasil Wire que revelam conversas entre promotores americanos que celebram abertamente a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso de corrupção Lava Jato.
Trás o fim do governo da presidenta Dilma Rousseff devido a um julgamento político; Lula era o favorito para ganhar as eleições em que finalmente resultou triunfar o atual presidente neofascista, Jair Bolsonaro. Essas revelações poderiam encerrar o processo de corrupção contra o ex-presidente brasileiro. Hoje vou comemorar, disse a promotora Laura Tessler. Um presente da CIA, disse Deltan Dallagnol, um promotor, de acordo com o portal.
As conversas confidenciais entre os promotores americanos no caso, como Tessler e Dallagnol, e o juiz Sergio Moro revelam um nível de conluio mais alto do que se pensava anteriormente.
Uma petição apresentada ao Supremo Tribunal Federal pela equipe de defesa de Lula fornece novas evidências de que Moro fez parceria com autoridades estrangeiras na condução do processo que levou à prisão de Lula, que não pôde concorrer à presidência em 2018.
Nas últimas conversas reveladas, feitas via Telegram e que agora são documentos judiciais, o nível de aparente colaboração ilegal entre o grupo de trabalho da Lava Jato e o juiz de promoção internacional é o mais flagrante até agora.
Possível cancelamento
Esses dados podem levar à anulação do processo de motivação política contra Lula. Moro, chefe da força-tarefa da Lava Jato, e Dallagnol foram acusados de traição por conluio ilegal com as autoridades americanas.
O portal acrescentou que em 2017 o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Kenneth Blanco, falou publicamente em ato do Conselho do Atlântico de sua colaboração informal com o Ministério Público brasileiro no caso contra Lula, contando-o como uma história de sucesso.
Em 2019, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos tentou transformar a força-tarefa Lava Jato em uma fundação privada para combater a corrupção.
Em 5 de abril de 2018, quando Lula foi detido por Moro, a promotora Isabel Grobba deu a notícia: Moro ordena a prisão de Lula, e Dallagnol respondeu: Antes que o MA (Ministro Marco Aurélio) estrague tudo. Dallagnol se referia a uma votação do Supremo Tribunal que Aurélio preparava que libertaria Lula da prisão até que houvesse um segundo recurso, o que teria permitido ao ex-presidente concorrer como candidato nas eleições de 2018.
A Progressive International menciona que desde que o Bolsonaro assumiu o controle do país, a Oficina Federal Investigation (FBI, por sua sigla em inglês) aumentou sua presença e atuação no Brasil, e esteve em contato com o grupo de trabalho Lava Jato. Relatou que o chefe da Unidade de Corrupção Internacional do FBI, Leslie Backschies, se gabou de ter derrubado presidentes no Brasil.
O Estado Nacional não é uma firma ou ação entre amigos.
O jornal "La Jornada", da Cidade do México, publicou hoje este assunto. Leia e responda às minhas perguntas:
1. O conteúdo do livro recém-lançado pelo ex-comandante do Exército, como fica diante dessas acusações. Desculpe, não me refiro à página 106, mas ao livro de entrevistas que se aproxima.
2. Podem funcionários do Estado, ainda mais do Poder Judiciário, ignorar que isso é classificado como alta traição?
3. Os órgãos de Segurança do Estado, ao não denunciar isso foram incompetentes, cúmplices ou o quê?
4. Confirma-se o ditado popular mundial: “O diabo faz a panela, mas não sabe fazer a tampa”.
5. Em um Império, é possível Soldados Regulares Nacionais sob total obediência ao comando? nacional?
6. E pode sentir vergonha?
Carpe Diem
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"no artigo 5º, inciso IV da Carta da República: 'é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato'."