Maestro Tião
Ao retornar de minha última viagem ao México em 19 de novembro de 2019 depois de 60 dias de altíssimas atividades com camponeses, fiz escala no Hub-aeroporto de Tocumén no Panamá e utilizei a Área Vip, por viajar em executiva, onde esperei seis horas em uma sala repleta de viajantes, principalmente norte-americanos.
Em casa uma semana depois comecei a sentir sintomas de resfriado, lá ia começar o inverno na altitude e aqui terminava a primavera. Meu tratamento padrão sempre foram duas cápsulas de antigripais, no caso “Benegrip/Resprin” e limonada quente, que tomo todas as noites nos últimos 40 anos. Desculpem, mas fortalecer o sistema imunológico é minha melhor opção para a cura. Logo, meu litro de Sopão de legumes agroecológicos, com saladas de rúcula e couve altamente mineralizadas com o pó de basalto cultivada pelo amigo Stefanofsky e a batata-doce doadas pelo amigo Jeferson Schmidt eram minha opção prioritária.
O primeiro sintoma foi uma diarreia raríssima, pastosa, pois não era de infecção bacteriana. Depois fiquei com dor de garganta e uma tosse feia e dor na base do pulmão. Uma própolis mexicana foi acionada e não senti mais a inflamação na garganta. A estratégia foi ficar na cama todo o dia, somente saindo para as refeições. Dormia mais de 12 horas durante o dia e outro tanto à noite. Na segunda semana percebi que estava magro e havia perdido as reservas da comida mexicana. O sintoma mais estranho foi que perdi o olfato, o paladar, ademais de ficar praticamente surdo. Por tomar dois litros de sopão ao dia só despertava para ir ao banheiro e tomar meu banho sempre bem quente. Um dia senti que ia “bater com a cola na cerca” e cheguei a ajoelhar sem forças no chão do banheiro e me arrastei para a cama. Depois de um mês voltei lentamente a recuperar. Nunca havia sofrido uma gripe com mais de duas semanas.
No final de fevereiro estive em Serafina Correia e voltei a sentir a garganta e um pouco de febre, mas a própolis e a copaíba foram acionadas e não tive mais nada. O paladar, o olfato e a audição voltaram ao que era antes. Não tinha como relacionar minha gripe com a pandemia, chamada de “gripezinha”.
Eu estava síndico do condomínio onde vivo e fiz o “Curso de Prevenção a Incêndios dos Bombeiros”, tentei evitar de fazê-lo, pois como engenheiro florestal fiz três cadeiras sobre combate a incêndios, que é uma das maiores catástrofes da natureza ou crime hediondo de facínoras, como nos biomas brasileiros na atualidade, promovido por agro corporações na conquista de território através de corrupção oficial sobre populações nativas ou tradicionais. Terminado o curso senti vergonha e fraudado.
No início da atual pandemia de SARS Cov-2 (Covid-19) em 12 de março 2020, proclamei a mim mesmo que, DISCIPLINA E ORGANIZAÇÃO eram os princípios para superá-la. Não errei, mas esqueci do entorno, pois o ambiente social é elemento chave nesta situação, ainda mais em um país de pouca cultura cidadã e muito consumismo. Cumprimos um ano da mesma e devemos avaliar o que passou no mundo, país e nosso convívio. Vivi todos os tipos de loucuras imagináveis, por pessoas enlouquecidas pela clausura, excesso de bebidas, narcóticos, agressividade ou desesperação pela necessidade-identidade no consumismo como liberdade e poder.
O mais importante ocorrido neste período, fora as diatribes do presidente Bolsonaro foi a determinação no México de barrar a importação do Herbicida Glifosato, um ato de muita coragem política, pois pressão dos embaixadores, organismos multilaterais e banqueiros não é fácil.
Senti a necessidade de recuperar algo que comecei a fazer em 2006 e conclui em 2015 com auxílio do MPA e MST que foram as análises de resíduos de Glifosato no Solo através de Cromatografia de Pfeiffer.
Estou nos últimos 15 dias nesse afã de encontrar um meio fácil dos camponeses analisarem os resíduos de Glifosato nos seus solos, com menos de 50 centavos de dólar cada amostra.
Ao ter entregado o cargo de síndico em 30 de novembro último, pude dedicar-me à retomada das análises.
Um fenômeno estranho ocorreu no pequeno gramado defronte ao Edifício surgiu uma mancha com a morte das plantas. Algo estranho, desconfiado fui lá e colhi algumas plantas, secas e analisei as raízes e não havia presença de fungos ou bactérias… Em uma Gerbera (G. jamesonii) percebi as folhas com signos de fitotoxicidade bem próxima a Trapoeraba (Commelina spp) uma planta adventícia conhecida por ser muito resistente ao herbicida Glifosato. Não é possível que a loucura pandêmica tenha feito algum doido envenenar o gramado, onde há crianças, anciãos como eu, dez famílias e seus pets que cruzam diariamente pelo local, que com esse calor envenena com um dos piores venenos, hoje reconhecido oficialmente como carcinogênico, finalmente, por provocar os “tumores Non Hodgkins”, entre outros.
Colhi uma amostra e apliquei a técnica lá do início da década retrasada. Bingo! Fiz as análises duas vezes (foto). Mas, quem seria o desvariado em cometer esse crime, com que finalidade. Alguém querendo vender serviços? Ou um fanático com sua vingança?
Não duvido de nada. Em um país onde o governador Juiz Federal diz não vender sentenças ou outro juiz federal combina com o promotor uma sentença e diz não aceitar sua voz por ter ela sido obtida de forma ilegal, assusta o mais incrédulo e fazê-lo com seus amigos de instância superior. Pior, que dois juízes da Suprema Corte lancem suspeitas sobre uma investigação que hoje ultrapassou a fronteira nacional e tenha repercussão na cassação de Ministros e presidentes estrangeiros.
Ou que, um presidente tenha recomendado tratamento charlatão com Cloroquina e seu ministro tenha criado um APP para o tratamento precoce, ou atendimento precoce, em idêntica situação aética e imoral que o juiz da combinação na sentença. Durante um ano vimos os programas televisivos de alienação e ódio, estipendiados repetir as recomendações absurdas. Na Bahia uma desembargadora envolvida em venda de terras públicas para a Cargill e outras agro corporações presa continua recebendo quase cem mil dólares de vencimentos. Mesmo presa?
E, finalmente, os responsáveis pela asfixia de centenas de pessoas em Manaus na Amazônia, põe a culpa nos outros, e tudo que ocorre é “detalhe” como dizia o grande filósofo ético Cantinflas. Graças a ele, que me educou para a vida e que posso dizer: Carpe Diem!
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Foto2. Uso do Herbicida como coroamento de mudas em projeto de recuperação ambiental. Capina química em área de Nascentes. Assis/SP.
Foto3. Uso do Herbicida como coroamento de mudas em projeto de recuperação ambiental. Capina química em área de Nascentes. Assis/SP.
Foto4. Prática de aplicação do Herbicida como coroamento de mudas em projeto de recuperação ambiental. Capina química em área de Nascentes. Assis/SP.Foto5. Empresa. Uso do Herbicida como coroamento de mudas em projeto de recuperação ambiental. Capina química em área de Nascentes. Assis/SP.
Foto 6 e 7. Uso do Herbicida como coroamento de árvores em calçadas. Estão condenando a árvore. Assis/SP.
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