Restinga 1975 Fonte: Imprensa - PMPA |
e Oliver Blanco
Uma manobra do modernismo industrial de forte
impacto na agricultura respaldada prioritariamente em publicidade e propaganda,
desprezou critérios qualitativos de análises em benefício dos quantitativos,
rapidamente implantados na agricultura moderna, e consolidados por meio
da burocracia, educação e ideologia; isso no tempo, tornou-se cultura.
O resultado disso
facilitou a introdução em todos os lugares dos insumos industriais,
substitutos das práticas artesanais autônomas e culturais, deixadas de lado
mais rapidamente quanto mais pobres em biodiversidade, e clima mais adverso, e
mais avançado o capitalismo.
As reações a perda de
qualidade dos alimentos pelos consumidores foram imediatas e sentidas em forma crescente
e exponencial, mas o maior interesse do governo e poder crematístico (valor da
moeda) dos produtores inibiu todas as reações. Embora, na crise, com a derrota
na Primeira Guerra Mundial e eliminação do império colonialista alemão, ocorreu
a partir dos agricultores conscientes, e a qualidade retornou com seus velhos padrões
sócio/culturais. É assim que ressurgem com diversos nomes (um deles é a “agricultura
biológica-dinâmica”) praticada por grupos esotéricos e místicos em todas as
latitudes e longitudes por perceber os danos a “natureza ultrassocial
humana”.
O poder do complexo
industrial, e militar, ganhou impulso ideológico com instrumentos severos para
manter sua hegemonia e sufocar toda e qualquer pretensão à existência da vida na
agricultura. Sendo que, os padrões de restauração da qualidade nos alimentos
através da “Saúde do Solo” e “Biopoder Camponês” ficaram ocultados e se passou
mais de 80 anos submersos, exceto nos grupos místicos.
Nas três últimas décadas
do Século XX, a mudança da agricultura de matriz tecnológica química para a de matriz
biotecnológica, com a Biologia Molecular substituindo definitivamente a
Natureza, o natural sepultando a ultrassociabilidade humana, em que o alimento
deixa de ser uma necessidade dos seres vivos e passa a ser um bem de consumo
crematístico e, sua qualidade alcançável pelo preço mais elevado, subordina os
valores do Estado Nacional. O que é mais notável nos países periféricos pelo
nome de Agronegócios.
Ao ver o nome do Diretor
corrupto do órgão
ambiental dos EEUU, Jess Rowland (foto) bloquear os
estudos sobre a carcinogêneses do Glifosato (Glyphosate), é quando os “bombeiros
agroecológicos” se encarregam da restauração da ordem natural ultrassocial
humana e iniciam a insurgência para restaurar os valores econômicos (não
crematístico!) da agricultura, espelhados na agricultura comunitária indígena
diante do alto risco das Mudanças Climáticas.
Fonte aqui |
A técnica de Cromatografia de Pfeiffer é
restaurada em solos, alimentos e na remediação ambiental.
1. Antes de fazer uma "Cromatografia
de Pfeiffer" para solos/alimentos é necessário saber o que é a
cromatografia.
Embora muitos cientistas anteriores tenham feito
referências sobre a separação de substâncias durante as filtrações em colunas
adsorventes ao passar por elas, o reconhecido criador desta técnica centenária se
deve ao botânico russo-italiano Mikhail Tswett. Ele relacionou
sistematicamente a separação dos pigmentos coloridos e incolores de plantas,
principalmente quando se alterava a sequência de dissolventes puros utilizados.
2. Estudando, entendeu que isso dependia de uma série de
características físicas do suporte adsorvente que embalava a coluna e que quanto
menor o tamanho das partícula, maior sua área superfícial e que isso facilitava
a separação por fenômenos de adsorção diferenciada das substâncias na coluna.
3. O dissolvente puro ou misturado ampliava ou restringia o
poder de separação que garantia o manuseio das colunas e soluções incorporadas
nas quatro forças fundamentais da natureza: força
gravitacional, força nuclear fraca, força eletromagnética e a força nuclear
forte. As forças fracas e fortes são efetivas somente em um intervalo
muito curto e dominam apenas em nível de partículas subatômicas. A gravidade e
a força eletromagnética têm um alcance infinito.
4. Na cromatografia de Pfeiffer
se aproveita a celulose como suporte na forma de papel, e quanto mais uniformes
seus poros e espessura melhor é para a qualidade no desenvolvimento do
cromatograma.
5. O solo é uma interface muito homogênea que recobre
o planeta Terra dotado de uma porção mineral desenvolvida dentro dos Ciclos
Biogeoquímicos com uma dinâmica integral. Esse solo, por meio de uma solução de
Soda Cáustica a 1% (0,24N), usada como solvente no absorvente de celulose (Papel
Whatman 1 ou 4), permite uma análise em todas as latitudes e altitudes em que a
agricultura é realizada e as exceções são facilmente contornadas.
6. O solvente na concentração de
1% (0,24N) permite a análise integral do extrato do solo nos parâmetros mais
importantes para a avaliação da Saúde do Solo, que é o resultado do metabolismo
da biodiversidade das populações microbianas do solo e sua variabilidade em função
das práticas e alterações fenológicas de todos os seres vivos que habitam nele.
7. O estado da Matéria Orgânica
em todos seus componentes desde a fermentação inicial do Carbono/Nitrogênio ou
Oxigênio/Enxofre até o húmus possui suas variações determinadas com alta
fidedignidade.
8.
Em toda e qualquer análise química/física há dois valores importantes: o valor
em Branco (Cego) e o valor Adicionado que necessita ser recuperado. Este tem
destaque na cromatografia do solo principalmente no estado ótimo da Matéria Orgânica
por seu significado econômico.
9. Quando a Cromatografia de
Pfeiffer é utilizada em alimentos as precauções são exponenciais pois há uma
variação gigantescas de substâncias com uma variabilidade infinita dentro de uma
mesma espécie vegetal ou animal de alimentos, pelas diferentes espécies, formas
de cultivo/criação, tecnologias empregadas e processamentos aplicados.
10. Isto impõe a adoção obrigatória do valor Branco/valor Adicionado,
padronizando ao máximo (espécie, idade, solo, clima etc.) para poder haver a comparação
e determinação da variação determinada no cromatograma. Com isso, é muito fácil
fazer as análises comparativa de qualidade. Sem isso, é necessária muitíssima
experiência que apenas o tempo pode trazer.
11. É difícil interpretar um croma de banana, porque a banana
tem coisas que somente a banana tem. Quando comparamos duas bananas cultivadas
com metodologias diferentes, é mais fácil observar, mas o melhor é quando temos
a mesma espécie, com o mesmo grau de maturação no mesmo tipo de solo, então há
um aumento realçador na diferença entre ambas que é o tipo de tecnologia, por
exemplo, com e sem herbicidas.
Isto é importante, já que qualquer
variação na mesma espécie, na maturação, no solo, e clima irá alterar a possibilidade
de comparação. Pelo que utilizamos colocar metade de um cromatograma comparado
com a metade de outro para ver as coincidências e as divergências sobre ambos.
Em uma banana portanto, o valor do aditivo de substâncias para a avaliação
é importante, pois é uma forma de reduzir a grande variabilidade e marcar as
diferenças de forma dirigidas.
12. Nos produtos fermentados, o importante é ter uma mesma cepa do
microrganismo com seu alimento, para que todos os tratamentos tenham essa
variável uniformizada e única. A variação é dada pelo tratamento, seja fruta,
açúcar ou outros ingredientes adicionado. No caso, cada um deles será um
tratamento diferente e seu croma servirá para ver a contribuição do adicionado
ao próprio. Obviamente, depois pode ser feita o arranjo ou a combinação de
dois, três e, assim por diante. O prazo para o desenvolvimento de
microrganismos e a realização do croma pode ser a cada sete dias ou a cada 14
dias ou mais, dependendo das condições ambientais onde a pesquisa é realizada.
Com isso, é construído o holograma final desse cromatograma de interesse que
permitirá rastrear a qualidade intrínseca do alimento.
13. A cromatografia
de alimentos é um complemento necessário à cromatografia do solo
e possui o mesmo processo, com variações conforme com as peculiaridades dos
alimentos (frescos, secos, frutas, legumes, folhas, cereais, farinhas e outros
...).
14. Há
uma variação notável que é a concentração de Soda Cáustica, pois é empregada a
0,1% (0,024N) e isso se deve ao fato de que nos alimentos não há presença de Matéria
Orgânica complexa, como os ácidos húmicos. É óbvio que um analista experiente
pode adaptar a concentração de Soda Cáustica para um solo em um tipo de análise
especial e da mesma forma também em alimentos, à medida que aprofunda suas
investigações particulares. O método dá essa liberdade.
15. O
que buscamos em um cromatograma de alimentos? - A solução extratora extrai os
constituintes com o mínimo de alterações ou transformações, o que permite a sua
identificação de carboidratos, gorduras, vitaminas, pigmentos, sais minerais,
aminoácidos, polipeptídeos, proteínas, diferentes tipos de taninos e outros
elementos do metabolismo secundário, substâncias inerentes aos alimentos
originários dos ciclos biogeoquímicos de C, N, S.
16.
Segundo a Tabela de Composição de Alimentos – suporte para decisão nutricional,
da pesquisadora Sonia Tucunduva Philippi da USP (FSP), que em sua apresentação
diz que “o conhecimento sobre os valores de energia, umidade, proteína,
lipídios, carboidratos, vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos, aminoácidos
e outros micronutrientes dos alimentos é imprescindível para um diagnóstico
eficiente do consumo alimentar e o planejamento de políticas públicas de
intervenção nutricional, principalmente em grupos com maior vulnerabilidade.”
A
composição de sua “Tabela foi utilizada como base o banco do software
VirtualNutriPlus (Philippi, 2008). As informações dos alimentos in natura
foram retiradas de várias tabelas de composição de alimentos (vide suas
referências bibliográficas). Em 2011 teve início a atualização e ampliação do
banco de dados, e esta nova edição traz informações sobre 3.014 itens com
valores para energia (kcal) e 33 nutrientes: carboidratos (g), proteínas (g),
gordura total (g), fibra total (g), fibra solúvel (g), fibra insolúvel (g),
colesterol (mg), vitamina A (RE), vitamina C (mg), vitamina B1/tiamina (mg),
vitamina B2/riboflavina (mg), vitamina B6/piridoxina (mg), vitamina
B12/cobalamina (mcg), vitamina D/calciferol (mcg), niacina/nicotinamida/PP/B3
(mg), folato/folacina/ácido fólico (mcg), ácido pantotênico (mg), vitamina E
(mg), iodo (mcg), sódio (mg), cálcio (mg), magnésio (mg), zinco (mg), manganês
(mg), potássio (mg), fósforo (mg), ferro (mg), cobre (mg), selênio (mcg) e
gordura trans (g).
Pegando
um exemplo para a composição bromatológica do Morango (vendido em mercados) contida
na Tabela em que estamos utilizando como referência científica, sua análise
bromatológica nos revelou: Energia 30.00 kcal, Umid 91.6, Carb 7.03, Prot 0.61,
G tot 0.37, G poli 0.19, G mono 0.05, G sat 0.02, G trans 0.0, Col 0.0, Fib tot
1.53, Fib sol 0.55, Fib ins 0.98, A 3, D 0, E 0.26, Fol 17.7, C 56.7, B1 0.02,
B2 0.07, B6 0.006, B12 0, Nia 0.23, Pant 0.34, Ca 14, Cu 0.05, Fe 0.38, I 9, Mg
10, Mn 0.29, K 166, P 19, Se 0.9, Na 1, Zn 0.13. Para efeito de comparação, ainda
há campo para uma análise de morango que venha de outro modelo de agricultura
(agroecologia). Com base nestes dado se começa a visualizar as diferenças na
cromatografia dos alimentos.
17. Os
alimentos é uma mistura complexa de substâncias e os instrumentos mais
utilizados para aferir qualidade e quantidade de seus constituintes é a
Cromatografia líquida de Alta Eficiência (CLAE) ou Sistema High-performance
liquid chromatografhy (HPLC). São instrumento caros e de difícil acesso. E
neste caso, aprofundar os estudos da cromatografia de Pfeiffer para alimentos é
uma necessidade de Saúde pública e inocuidade ao consumidor. Sendo este o único
certificado camponês válido. Portanto, onde então se localiza no papel
cromatográfico de alimentos esses constituintes bromatológico do morango?
Vide Cromatografia de Pfeiffer para Alimentos uma sugestão:
18. Quanto a importância da composição dos alimentos para o
consumidor, e sua inocuidade para a saúde pública se relaciona por exemplo aos:
açúcares com a Diabetes mellitus; aos lipídios com alteração nos níveis
de colesterol; aos metais pesados (provenientes de
agrotóxicos e área de mineralização) contaminantes de alimentos; à lactose com
a intolerância generalizando à lactose e outros.
Como
todo pobre fui obrigado a estudar a noite, pois durante o dia tinha que
trabalhar e assim fiz todo o secundário. Ontem à noite pude reviver nostalgias
e reviver compromissos ao estar no Instituto Federal de Educação na Restinga
onde há cursos de Agroecologia, Comércio e Turismo para trabalhadores que
complementam sua formação depois do trabalho (PROEJA), eu estava ali diante
deles, mas sem sair do meio de minha origem.
Os
desavisados podem estranhar um curso de Agroecologia e noturno ali, mas poucos sabem
que Porto Alegre é a capital do estado que tem a maior área agrícola do país aos
longos de seus 245 anos e é um local privilegiado para realçar a contradição da
“Agricultura Rural-Urbana” nacional, que tem um viés antagônico ao da Ilha do Caribe,
onde é um importante espaço de produção de alimentos a partir da crise de 1989,
enquanto entre nós é um território para restaurar a dignidade e cidadania de esquecidos
pelo Estado e Sociedade. Esse resgate é feito através da alimentação saudável,
produzidas com as próprias mãos como forma de resistência e existência…
De
outra parte o Instituto Federal de Educação é uma escola de alta qualidade, atualmente
são mais de 644 campus no país, com mais de 1 milhão de estudantes e mais de 70
mil servidores, entre professores e técnicos-administrativos. É uma obra social
majestosa e de alta envergadura, que jamais anteriormente havia sido feita e
junto ao Hospital Público criado completou o bairro cidadão em orgulho para
seus habitantes.
A
Restinga foi um bairro criado por “gentrificação” das elites da Cidade de Porto
Alegre, e seus habitantes originários formados por camponeses deslocados,
vítimas do êxodo rural e urbanização acelerada nos interesses da ditadura para
o agronegócio de commodities, com massa salarial de baixo salário e consumo de produtos
industrializados que se aglomeram em áreas públicas e privadas em “favelas”
(faveladas, vila da miséria, vilas populares etc.) criando incômodos visuais
para o governo autoritário. Seus habitantes foram transferidos compulsoriamente
(de ali à gentrificação higiênica) para outro local a 22 quilômetros do centro
de Porto Alegre onde foram deixados praticamente abandonados ou invisíveis, e a
própria sorte, até a Construção do Hospital e Instituto Federal há menos de uma
década.
Quando
um grupo fascista incentiva cretinos do agronegócios a atear fogo à Amazônia
para destruir territórios indígenas, quilombolas (remanescentes de comunidades
de ex-escravos), e descaradamente argumentam que o país não terá mudanças por
vias democráticas... olho o Bairro da Restinga e vejo o contrário com tão
pouco. Me fica a esperança de ver ali brotar uma fonte de felicidade para
todos.
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