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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

domingo, 11 de agosto de 2019

"Farinha de rochas"


Trabalho científico pós Modernidade - direitos reservados a Fundação Juquira C.

por Sebastião Pinheiro

A condição de carbonário[1] me dá a liberdade de tratar certos temas técnicos em função da miopia política, a tentar adaptar-se à nova Ordem e matriz biotecnológica, com gambiarras e remendos reducionistas. Isto é induzido de forma grosseira em meio ao escândalo: “Advocacia Administrativa Presidencial”[2].

A devastação moral, má gestão do solo e bacias hidrográficas, é mais que um problema ético. A erosão e sedimentos transportados assoreiam as partes baixas da bacia, potencializando graves riscos nos períodos de chuvas extraordinárias, pelas enchentes causadas. A extração desse material sem gestão holônica - há muito alertada por Koestler, A. Beyond atomism and holism: the concepto of the holon. In: Kostler, A; Smithies, J.R (Ed). Beyond reductionism: New perspectives in the life sciences. (London UK: Hutchinson, 1969. p. 192 -216) - pelas mineradoras de areia ou cultivo de agronegócios, embora aparentemente lucrativo, exacerba os problemas das gerações futuras.

Um moderno estado da arte é preciso para superar o reducionismo tradicional, como já há muito antecipado, também por Capra em A Teia da Vida Fritjoy Capra, uma nova compreensão cientifica dos sistemas vivos (São Paulo: Cultrix, 2001. 256 p.). Isto significa cumprimento legal de recuperação de áreas mineradas (passivo ambiental) e destruição da natureza e solo usado na agricultura.

A condição de país periférico torna mais difícil esta, pelo elevado custo de análises e projetos sofisticados, com mínima compreensão fora de um grupo de seletos e caros especialistas, que dificultam a função pedagógica no acompanhamento pela Sociedade.

Nossa proposta é criar competitividade através de racionalização de custos, adotando os “subsistemas” da Holarquia[3] na gestão ambiental aferida, através da Cromatografia de Pfeiffer. Sua ampla aplicação para a avaliação de cada um dos cinco subsistemas envolvidos na recuperação de uma área minerada descrita em (Griffith, J.J.; Berdague, C. Autopoiese urbana e recuperação ambiental. Saneamento Ambiental, São Paulo, v.16, n. 120, p.65-70, 2006) a torna instrumento versátil, eficiente e barato.

As medições de energia, suas transformações e vitalidade em um ecossistema por meio dos Cromatogramas de Pfeiffer, com menos de um real por análise e com pessoal facilmente capacitado a realizá-las, acompanhando no tempo-espaço de sua necessidade os objetivos alcançados, ou corrigi-los quando errados para a percepção geral, sem a possibilidade de fraudes ou manipulações.

Isso também permitiria incorporar na avaliação os efeitos da eliminação dos Gases do Efeito Estufa e Riscos da Mudança Climática.  Pelo que, podemos definir um Cromatograma de Pfeiffer como um holograma da vida e suas transformações energéticas em um espaço na natureza - seja na avaliação quantitativa do acumulo de Matéria Orgânica no solo, qualidade e dinâmica da água na Bacia ou recuperação da microbiota, flora e fauna, quanto na percepção social da geomorfologia e paisagem.

O cromatograma registra os ganhos em energia, vitalidade, desde a vida microbiana até a incorporação de matéria orgânica em um ecossistema complexo de agricultura ou reserva natural em floresta tropical, através das estações do ano, sem possibilidade de fraude, com alta reprodutibilidade em qualquer auditoria ou controle governamental com igual precisão que nas análises laboratoriais tradicionais.

Assim, o controle da erosão do solo, da arenização, da depleção da água, da oxidação de matéria orgânica, da salinização ou contaminação ambiental por xenobióticos, podem ser avaliados, periodicamente, com a comprovação de seus efeitos positivos. 

Toda e qualquer recuperação de um passivo ambiental obriga que os ciclos do Carbono, do Nitrogênio, do Enxofre, do Matéria Orgânica, do Fósforo e de outros, se sintonizem através da evolução da Serule Microbiana, Fitossociologia, mesmo com as variações, cíclicas ou extraordinárias, das condições climáticas.

A matéria Orgânica no ecossistema é a energia nutritiva e suporte vital para todos os microrganismos (umidade, calor, atmosfera, ambiente Red-Oxi, etc.) e sua transformação permite a evolução dos nichos ecológicos e seu acúmulo, facilmente avaliada nos “cromas”, além de alimentar e abrigar a flora e fauna regula os equilíbrios dos ciclos naturais (C, N, Água, S, P, etc.) tão estratégicos contra a devastação, poluição e contaminação da natureza.  

A “holarquia”, em uma área minerada, necessita de um instrumento de avaliação em todos os sub-hólons para a construção de uma nova entidade de análise e síntese na recuperação da área em aplicação.
Seu ponto de partida é a cromatografia de Pfeiffer, por abranger todos e cada sub-holón pós-distúrbio e avaliar as tecnologias e serviços empregados para recuperar a vegetação e a fauna destruídas, removidas ou expulsas; a camada de solo fértil é perdida, removida ou coberta; a vazão e a qualidade ambiental dos corpos d’água superficiais e/ou subterrâneos são alteradas. Geram-se, assim, fatores que acarretam na necessidade de recuperação dessas áreas degradadas, fatores esses presentes em atividades de mineração e agricultura insustentável.

Coletadas amostras do Solo para determinar, através da Cromatografia de Pfeiffer os ciclos do: Carbono, Nitrogênio, Enxofre e Matéria Orgânica.

Estes indicadores mostram a efetividade, através dos cromatogramas e sua aceleração, por meio de técnicas como uso de “Farinhas de Rochas” (PINHEIRO, S.; Barreto S.B. MB-4: agricultura sustentável, trofobiose e biofertilizantes. Porto Alegre: Fundação Juquira Candiru 1996. 273 p.). “Carvão Vegetal” (Ogawa M., Y. Yambe & G. Sugiura (1983) Effects of charcoal on the root nodule formation and VA mycorrhiza formation of soy bean. The Third International Mycological Congress (IMC3) Abstract: 578; Ogawa M. (1991) Effective utilization of charcoal as a material for soil amendment. AICAF Expert Bulletin 12(3):1-13 (in Japanese); Biochar for Environmental Management: Science and Technology (2009) por Johannes Lehmann e Stephen Joseph (editores) e Biofertilizantes já de domínio público para o mais rápido enriquecimento e recuperação do ecossistema em estudo. 

Os resultados desta pesquisa servem como uma ferramenta que auxiliará na aplicabilidade dos (Programas de Recuperação em Áreas de Mineração – PRAMs) e de exploração do agronegócios, bem como os indicadores aplicados, são efetivos e servem de modelo para futuras atividades que necessitam de avaliação na recuperação, assim como para tomadores de decisões que poderão utilizar os resultados da pesquisa para aprimorarem os PRAMs e sua real efetivação.

A mais de um século tem se destacado a técnica de “cromatografia” (neologismo do grego croma que significa "cor" e grafein “escrever” é o termo coletivo para um conjunto de técnicas laboratoriais para a separação de misturas. Ela foi inventada pelo biólogo italiano (filho de imigrantes russos) M. S. Tswett, em 1910, em seu livro e tornou-se um segmento sofisticado na ciência desde então evoluindo para uma das analíticas mais empregadas no mundo, desde a coluna de vidro, papel, Capa Fina, Fase Gasosa, Líquida, HPLC e Eletroforese.

A mistura é dissolvida num fluído denominado fase móvel, que o transporta através de uma estrutura que contém outro material denominado fase estacionária. Os vários constituintes da mistura viajam a velocidades diferentes, fazendo com que se separem. A separação é baseada na partição diferencial entre as fases móvel e estacionária. Diferenças sutis no coeficiente de partição de um composto resultam em retenção diferencial na fase estacionária e, portanto, alteram a separação. 

A cromatografia pode ser preparativa ou analítica. A finalidade da cromatografia preparativa é separar os componentes de uma mistura para uso mais avançado (e é assim uma forma de purificação). A cromatografia analítica é feita normalmente com quantidades menores de material e é para medir as proporções relativas de componentes numa mistura. 

Ehrenfried Pfeiffer a desenvolveu para determinar a dinâmica e vitalidade do metabolismo dos microrganismos, através das transformações da Matéria Orgânica no Solo, muito além do holismo.  Por razões mercantis, ela foi repudiada pelo modelo imperial de agricultura moderna (Revolução Verde) que objetivava definir o solo como suporte inerte das raízes vegetais.

Contudo, a atual definição de Saúde no Solo da União Europeia demonstra o colapso daquela e a necessidade da Sustentabilidade, Holismo e Holarquia sua importância além da agricultura, também na aplicabilidade na Recuperação de Áreas Mineradas, para o qual a visão holística é incompleta, e usamos a expressão eurrítmica (Disposição harmoniosa e equilibrada das diversas partes de um ser vivo ou obra de arte).

A cromatografia de Pfeiffer é um indicador eurrítmico para solo, água, microbiota, flora fauna e sociedade.

Já nos anos 80 a Cartilha da GIZ, antiga GTZ alemã ensinando a extrair o princípio ativo do Neem, indiano com querosene para fazer o inseticida Orgânico (Agrotóxico Verde) substituindo o químico, disfarçando e apresentando o esculacho como um marco renovador, no entanto criando condições para o novo mercado para seus micróbios selecionados para um futuro próximo.

Um doutor em bioquímica começou a produzir uma mistura de plantas venenosas para sucedâneos dos venenos agrícolas, sem ideia do risco e perigo para a saúde e meio ambiente de sua “inovação”.[4] 

Tudo isso era ignorado e enaltecido no interesse induzido da indústria de alimentos multinacional em trazer lenta e gradualmente o novo nos tempos e prazos no interesse da mesma sem solução de continuidade para seus negócios com a matriz anterior na periferia do mundo onde risco e benefícios é disfarce mercantil no “bal masque” da ciência.

Técnicos estrangeiros propunham o novo, consciente ou inconscientemente, atrelados à Suécia ficando revoltados com as inovações e criatividades autodidatas dos poucos locais, quase sempre leitura crítica da memória e sabedoria camponesa de seus antepassados.
Academia, burocratas e políticos viam a resistência organizada e construção autóctone como uma ameaça ao “stablishment” elitista ou subversão, levavam vantagem, pois contavam com o poder da mídia.

O tempo passou e muitos, não pioneiros, aproveitaram de oportunismo garimpando nos terrenos recém desbravados, onde a tecnologia anterior exangue e em estertores agonizava ao mesmo tempo em que as novidades da resistência se consolidavam junto ao pública.

Aceitei o convite para trazer minha singela participação na história das farinhas de rocha - trinta anos antes que se criasse o neologismo “rochagem”, ou inventassem a consigna “rocks for crops” e sua “agrogeologia”, reescrevendo sentimentos e história.

Tomamos conhecimento de “Pães de Pedra” com estudantes africanos da Universidade Humboldt na Guerra Fria, de quem recebemos uma versão traduzida e manuscrita. Com o material, começamos a estudar e encontramos no MB-4, que, clandestinamente, era comercializado no interior de Alagoas, um amparo magnífico para nossa investigação na recuperação de terras de assentamentos da Reforma Agrária (Itapuí/RS) e populações tradicionais de quilombolas no interior da Bahia.

A pergunta acadêmica cretina, por reducionista, era que as farinhas de rocha não tinham concentração mineral para suprir as necessidades das plantas, o que desnudava as deficiências em trabalhar com vida fora dos preceitos da Sociedade Industrial Moderna, que disciplina crença, comportamento e necessidades acorde com seus interesses financeiros, ideológicos, como dogma na educação.  Seus agentes de extensão, meros repetidores de receitas compradas em armazéns e lojas especializadas, através de recitadores de poesias de almanaque, como se tecnologia fosse para um agricultor aviltado que era transformado em consumidor de insumos modernos.

O uso da Cromatografia de Pfeiffer enriqueceu nosso trabalho com biofertilizantes, trofobiose, biodiversidade e sementes da Terra.

É triste quando a deformação profissional retrógrada insiste em propor tratar uma rocha com agentes físicos ou químicos para liberação mais rápida de sua energia.  Causa compaixão essas pessoas por culpa de sua alma mater. Nela, nosso holismo era visto como loucura, mas com o tempo fomos vistos como excêntricos, e por fim, avatares de um conhecimento exótico, contudo, possível de ser apropriado e incorporado à realidade da “modernização conservadora” anterior, sem solução de continuidade, sem importância ética, moral ou filosófica.

Na Espanha, foi cunhado o termo heteronomía, que alerto, não significa o antônimo de homonomía, mas a liberdade de executar a ausência de autonomia, soberania e independência.

“Farinhas de rocha” são instrumentos de biotecnologia de ponta na e para a construção do BIOPODER CAMPONÊS. Obviamente que grupos e indivíduos heteronômicos pretender constituir “poder exótico” com legislações, regras e etc., com respeito à “rochagem”, seguindo a senda da agricultura moderna em “upgrade” no agora denominado “agronegócios”.

Para que se entenda plenamente o acento por mim adotado sou obrigado ao parêntese.

 [O neologismo agribusiness foi traduzido pelo “adelantado” Ney Bitencourt de Araújo, diretor da empresa do Grupo Rockefeller “Agroceres” (R.I.P.) ignorando a função ultrassocial humana na produção de alimentos. É ultrassocial, pois não existe agri (agir)+cultura na natureza, como pode ser encontrado em W. J. von Goethe ou A. von Humboldt.  Logo, ela é fruto do trabalho árduo, o que contradiz o termo agronegócios, negação do ócio na agricultura, um contrassenso econômico, o que fica claro na Dialética de Engels, aliás, única com respeito à agricultura. Fecho o parêntese.]

A evolução de um solo, meteorização de rochas, no tempo espaço na natureza, tem, seu elemento estratégico, que são os micróbios e suas populações através do tempo; contudo, a cupidez de Von Liebig tenha pretendido negar sua importância em 1842 e, instaurado o império acadêmico, financeiro e ideológico do “Suporte Inerte das Raízes”.  Nele, os trabalhos de Winogradsky ficaram em terceiro plano aos micróbios da área de saúde e alimentos de Pasteur, o que permanecerá até os trabalhos de A. Fleming, na segunda década do Século XX, e somente o microbiologista de solos Selman Waksman conseguirá produzir para o esforço de guerra no Pacífico, os antibióticos extraídos, também dos solos.  Contudo, seu livro Húmus, a exemplo de outro de Julius Hensel, “Pães de Pedra” ficará oculto, escondido por mais de 80 anos para não contrariar os interesses do Grupo Rockefeller, doador de 30 milhões de dólares ao governo Roosevelt, na crise de 1920 a 30, para infraestruturas na Bacia do Mississipi-Missouri, cujo retorno anualmente é superior a 9 bilhões de dólares em royalties, patentes, serviços e tecnologia de fertilizantes solúveis exploração das criações de Kristian Birkeland, Haber-Bosch e Ostvald.

Agora, a garrafa de Winogradsky é usada até na escola secundária para estimular o conhecimento dos micróbios da indústria de alimentos como insumo moderníssimo.

Com a mudança da matriz tecnológica da química industrial para a biossíntese, aquela realidade retorna a um patamar anterior onde a tecnologia dos micróbios, são a parte essencial.  O triste é que von Liebig foi bolsista na França quando a Alemanha não possuía conhecimento de química, mas, já na França napoleônica, a produção de pólvora para a guerra era obtida por fermentação de excrementos humanos e animais (nitratos) anterior à época de Lavoisier[5].
Cento e trinta anos depois as ações de recuperação de solos degradados pelo uso de fertilizantes solúveis, máquinas e agrotóxicos levou as populações de micróbios a quase total extinção ou disbiose[6].

O que era muito complexo, pois a grande maioria sequer podia ser identificada e menos ainda isolada pela ciência, no entanto, a Biologia Molecular permitiu encontrar “cluster” de DNA e RNA localizando-os na cadeia evolutiva como fungos, bactérias etc., que levavam à sua dedução. Hoje, é sabido que conhecemos menos de 0,1% do total de 1 x 1040 microrganismos existentes no solo.  É o novo campo científico da metagenômica do solo.  


No trabalho com farinhas de rochas, rochagem da “agrogeologia”, há a possibilidade de restaurar ou recuperar micróbios, antes desconhecidos ou considerados “extintos” pela degradação-poluição no manejo do solo na matriz tecnológica anterior, o que permite construir aqui entre nós a ecopoiesis que a NASA estudou para a colonização de Marte já na década de 70, com Carl Sagan e Lynn Margoulis.

Obviamente, que seres serviçais preocupam-se, prioritariamente, em construir “poder” através da restrição legal, a evitar o livre uso das farinhas de rochas, para o acumulo de conhecimento e consequente submissão aos interesses das corporações, governos e organismos multilaterais.

Huminas são mais de 50% do Carbono orgânico presente no solo. Qual sua relação com os átomos de Silício na estabilidade coloidal dela e dos ácidos húmicos e como influem na dinâmica individual e populacional da microbiota para evitar erosão, arenização e danos do Efeito Estufa e Mudança Climática cujo primeiro relatório foi coordenado por Geoffrey Rockefeller em 1963 para a WWF, que longe de ser ambientalista ou naturalista é “terceiro setor” rentável.

Desde a publicação do livro MB-4, nosso trabalho tem sido não usar o insumo biotecnológico “pó de rocha” como substituto caricato dos fertilizantes químicos solúveis de von Liebig, Yara ou Grupo Rockefeller, em transição para a nova matriz tecnológica, mas priorizar e reenfocar a Vida (no sentido do Imperador Ashoka, von Goethe, von Humboldt e Erwin Schrödinger), na biodiversidade microbiana restaurada, para o que criamos os  subversivos campos de metagenômica camponesa, onde o camponês pode entender a importância de restaurar a vida no seu solo sem a necessidade de compra de micróbios melhorados das grandes corporações antes de agrotóxicos, agora da biotecnologia de microrganismos patenteados e comercializados através de serviços ao bel prazer dos interesses multilaterais e da OMC sobre os sucedâneos do “Biochar”,  o “Carbono Orgânico” contraditório no solo.

Outra manipulação psicossocial recente foi construída pela indústria de alimentos, de forma diabólica, estimulando uma discussão sobre as sementes e alimentos transgênicos, unicamente dicotômica e polarizada. Não se deve, nem pode prioriza, a importância aos “genes de interesse” nas sementes e alimentos transgênicos, pois o prioritário é entender que não existe duas coalhadas[7] iguais em uma cidade, nem em uma região, estado, país, continente, planeta ou sistema solar, pois não existem dois leites iguais, dois micróbios iguais, vacas iguais, pastos iguais, solos iguais, propriedades iguais. 

Logo, a discussão deveria ser sobre o proteoma e não sobre o genoma que é induzido e discutido. A propriedade única e exclusiva o camponês a tem, logo isso é importante.  Quando separamos alguns ovos em uma colmeia, sauveiro, cupinzeiro ou anfíbios e répteis, e alteramos a temperatura ou alimentação, sem que se mude um gene há a mudança de sexo e de comportamento (operária x rainhas).  O que importa para a agricultura, vida e saúde é a unicidade unívoca do camponês e sua terra. Este é o estamento do BIOPODER CAMPONÊS.
Acreditamos piamente que os camponeses têm a condição de construir seu solo metaproteômico único, mesmo sem conhecer as comunidades e populações que o habitam, em um salto quântico impedindo que o não-saber do consumismo o distancie do BIOPODER ULTRASSOCIAL que dele emana e irradia, o que é bem mais profundo e eficiente que retórica de ONGs a serviço de disfarces justificativos da ausência de políticas públicas dos governos...
Um solo tem uma diversidade microbiana ou microbiota com mais de 200 milhões de seres vivos por grama. O cromatograma expressa o metabolismo primário e secundário dessa microbiota, assim como a integração dos minerais nos açúcares formados, presença de enzimas, vitaminas e hormônios microbianos presentes no solo, que podem ser vistos através de suas posições especificas nos cromatogramas, sejam eles em ambientes ricos em Oxigênio, através de seus sais, Óxidos e Anidridos como nos ambientes anaeróbicos, onde predominam os sais e compostos ricos em Enxofre. A facilidade de entender o método está em conhecer as cores produzidas nas reações químicas e acompanhar seu desenvolvimento no tempo espaço das estações climáticas. (Primavera, Verão, Outono e Inverno).

A folha que cai de uma árvore ou excreção de um micróbio seguem o mesmo processo biológico, físico e químico para se transformar em Matéria Orgânica fundamental para o equilíbrio dos Ciclos da Natureza (Carbono, Nitrogênio, Enxofre, Fósforo, Água e outros).  Pfeiffer os adaptou para a fertilidade do Solo, atendendo a preocupação dos camponeses alemães com a falta de qualidade dos alimentos oriundos da agricultura moderna já na primeira guerra mundial.

Esse método consiste na impregnação do papel filtro com solução fresca de Nitrato de Prata a 0,5% p/v em água destilada, denominado de Solução Reveladora, que é seco no escuro para ficar ativado como uma placa fotográfica a ser ativada na presença da solução de solo.


A solução de Solo é preparada como “solução extratora da vida no solo” com uma solução a 1% p/v de Hidróxido de Sódio P.A. em água destilada.  Esta solução de solo, em contato com o papel impregnado com o Nitrato de Prata, desenvolve o cromatograma (Ehrenfried Pfeiffer: Eine qualitativ chromatographische Methode zur Bestimmung biologischer Werte. I. Unterschiede von Humus- und Kompostqualität. In: Lebendige Erde. Nr. 5, 1959) formando o cromatograma, um holograma eurrítmico da vida no solo. 


A análise química de um solo da agricultura industrial é bastante incompleta (pH, sais minerais, sucos e % de M.O).   Todo Carbono ativado pelo Sol é incorporado à vida.  Pode ser destruído pelo fogo e analisado nas cinzas ou transformado infinitamente no metabolismo dos seres vivos.  Medir cada uma dessas etapas, produtos de transformação ou forma do Carbono só é possível pela cromatografia de Pfeiffer...


Por exemplo, uma fruta analisada através de suas cinzas, como é feito com o solo, não apresentará diferenças entre ela madura e fresca, dela passada ou podre.   Então, deveríamos recorrer a uma análise bioquímica da referida amostra de solo, mas ela, ainda pouco indica, por exemplo, através do analise foliar.


É muito mais que uma análise bioquímica do solo.  É um holograma[8] dos efeitos eurrítmicos do Sol nos ciclos biogeoquímicos metabolizados no Solo Vivo


Sua harmonia na auréola (nimbo) indica as quantidades de Carbono, Nitrogênio, Enxofre no solo e a glória (fenômeno óptico) da integração à biodiversidade e Vida do Solo como em um caleidoscópio.  Não se imagina que singelos cacos de vidros coloridos dentro de um tubo com espelhos angulados proporcione tal beleza. Cuidado, pois como nele, o cromatograma forma fractais da higidez da saúde no solo em similaridade.


Busquemos na Astronomia sua compreensão:  O estudo do interior das estrelas (Sol) permite compreender a dimensão de um cromatograma. Ali, há uma constante transformação de energia; A força de fusão em direção à superfície e queima de Hidrogênio e a força da gravidade em sentido contrário rumo ao seu núcleo.


No tempo, a tendência é a supremacia da gravidade que a levarão à morte (Gigante Vermelha, Anã branca e posteriormente à Supernova), gerando vida.  No microcosmo do cromatograma vemos a pugna entre a fusão e a gravidade, onde a Vida (fusão) é a animação dos minerais, uma força contra a gravidade (Vernadsky):


Quanto mais simples e sem vida as substâncias, permanecem mais próximas ao centro gravitacional do cromatograma;


Quanto mais complexas e vitais as substâncias, mais próximas à superfície ou borda de fusão do cromatograma.


O Carbono, por exemplo, não se desloca na solução extratora de Soda Cáustica a 1%; outros Metais extraídos, por suas cargas elétricas reagem imediatamente com a solução reveladora de Nitrato de Prata a 0,5% permanecendo, muito próximo ao centro gravitacional, enquanto os que são parte do metabolismo microbiano se complexam e quanto maior for a complexidade de reação, mais distantes deslocam aproximando da borda de fusão.


O cromatograma é uma “análise de solo integral”, que permite o diagnóstico e acompanha seu tratamento de forma auto-interpretativa (pelo próprio agricultor).


Para um agricultor (ou agrônomo), a Análise de Solo indica números, quantos miliequivalentes de determinado mineral ou  minerais está em seu solo, qual é seu pH estático e qual a porcentagem de matéria orgânica, conforme os interesses acordados por von Liebig em Göttingen, Alemanha,  e seu pupilo Joseph Henry Gilbert (Sir) em Rothamstead, Reino Unido, com finalidade de garantir os interesses no comércio de fertilizantes industriais. Entretanto, estes parâmetros e valores jamais foram indicativos da higidez ou saúde do solo, nem permite prognósticos sobre o que se está fazendo.  


Eram meros produtos da ciência positiva de interesse industrial transformados em crença, ideologia e resultados, pois a vitalidade entre um anão e um gigante não se expressa em números.


A análise mais precisa e segura nos seres vivos é a genômica (DNA); A cromatografia de Pfeiffer é mais sofisticada, pois além da identificação do DNA, incorpora a proteômica (expressão das proteínas dos genes conforme o ambiente).


A cromatografia de solos permite de forma rápida, fácil e barata uma leitura pelo próprio agricultor da situação de seu solo, através do tempo-espaço da mesma forma que um pai acompanha o crescimento, desenvolvimento, estado de saúde física e mental do filho, com capacidade de intervenção, quando for necessário.


Para poder aprofundar a interpretação química, física e eletromagnética do cromatograma é necessária uma abordagem sobre a Saúde do Solo.  


Com a nova matriz tecnológica da Biotecnologia, e égide da OMC, a definição da FAO, com sua agricultura moderna, de “solo suporte inerte das raízes”, ficou, a rigor, um ultraje.  Por isso o novo neologismo, saúde do solo.


Na Wikipédia (maio de 2017), encontramos a definição de Solo: Nas ciências da Terra e da vida, se denomina solo ao sistema estruturado, biologicamente ativo, que tende a desenvolver-se na superfície das terras emergidas pela influência da intempérie e dos seres vivos. De um modo simplificado pode dizer-se que as etapas implicadas na sua formação são as seguintes:


- Desagregação mecânica das rochas.

- Meteorização química dos materiais regolíticos, liberados.

- Instalação dos seres vivos (vegetais, microrganismos etc.) sobre este substrato inorgânico. Esta é a fase mais significativa, já que com seus processos vitais e metabólicos, continua a meteorização dos minerais, iniciada por mecanismos inorgânicos. Além disso, os restos vegetais e animais através da fermentação e putrefação enriquecem esse substrato.

- Mistura de todos estes elementos entre si, e com água e ar intersticiais.


Embutido neste conceito, está a “Saúde do Solo”: É uma avaliação da capacidade do solo para satisfazer na sua amplitude funcional seus ecossistemas de forma sustentável.


Onde não interessa a Teoria da Vitalidade da Fertilidade do Solo: Por ela, o solo não é fértil porque contém grandes quantidades de húmus (Teoria do Húmus), ou riqueza em minerais (Teoria Mineral), ou de Nitrogênio (Teoria do Nitrogênio) , senão, devido ao crescimento continuo e variado de uma grande biodiversidade de microrganismos e outros seres que decompõem nutrimentos a partir da matéria orgânica que subministram as plantas e animais e os reconstroem em formas disponíveis para as plantas.   Por essa teoria, a fertilidade de um solo é maior quanto maior seja a diversidade da vida que cresce e se alimenta sobre e dentro dele.


O Dr. Pfeiffer adiantou e apresentou a fertilidade em função das transformações realizadas no metabolismo dos microrganismos que complexa e libera os mesmos em soluções orgânicas. 


Na União Europeia: “SAÚDE DO SOLO”, é a capacidade continuada do solo de funcionar com um sistema vivo vital, dentro dos limites do ecossistema e do uso da terra, para sustentar a produtividade biológica, promover a qualidade dos ambientes aéreos e aquáticos, e manter a saúde vegetal, animal e humana.
 

Os estudos de Recuperação de Áreas Mineradas trazem o problema da Metagenômica.   Aqueles micróbios que são constatados no ambiente através de seu DNA (RNA), mas não podem ser isolados ou identificados pela microbiologia.  Os cromatogramas permitem acompanhar essa colonização e desenvolvimento dia a dia. (Saúde no Solo versus Agronegócios, Sebastião Pinheiro, JCS, 224.p; Porto Alegre, 2016) 


A Metagenômica (além da genômica).


A metagenômica permite o estudo total e integral das comunidades microbianas existentes na natureza. Quando se leva amostras microbianas para os laboratórios, somente 1% das mesmas são possíveis de ser cultivadas e identificadas pelo que nos obriga a trabalhar com o instrumento eurrítmico da Cromatografia de Pfeiffer nas áreas mineradas.


Metagenômica é o estudo genético do material recuperado das amostras extraídas diretamente do meio ambiente (Microbial Metagenomics: Beyond the Genome Jack A. Gilbert and Christopher L. Dupont). O campo amplo também pode ser denominado como a genômica ambiental, ecogenômica ou genômica da comunidade. 


Enquanto a tradicional microbiologia e sequenciamento microbiano do genoma e a genômica se baseiam nos cultivos clonais, cedo a sequenciamento do gen clonado de genes específicos do meio ambiente (amiúde os genes 16S rRNA) para produzir um perfil da diversidade em uma amostra natural. Este trabalho revelou que a grande maioria da biodiversidade microbiana havia se perdido nos métodos de cultivo laboratoriais, pelo que optamos pela Cromatografia de Pfeiffer para seu holograma eurrítmico.


Estudos recentes utilizam seja o canhão balístico ou PCR dirigido a sequenciamento para obter amostras de grande parte imparciais de todos os genes de todos os membros das comunidades amostradas. Devido a sua capacidade para revelar a diversidade previamente oculta da vida microscópica, a metagenômica oferece uma lente de grande alcance para ver o mundo microbiano que tem o potencial de revolucionar a compreensão de todo o mundo vivo além do holismo, agora, em forma eurrítmica


A medida que o preço do sequenciamento do DNA baixa, a metagenômica permite agora à ecologia microbiana pesquisar numa escala muito maior ou detalhes antes desconhecidos, além da expressão metaproteômica em cada sitio minerado recuperado ou solo camponês liberado do agronegócios.





[1] Carbonário: Sociedade secreta e revolucionária.  Sua ideologia assentava-se em valores patrióticos e liberais, além de se distinguir por um marcado anticlericalismo sem unidade política reunia monarquistas e republicanos, nem linha de ação definida, os carbonários, "carvoeiro" reuniam-se secretamente nas cabanas dos carvoeiros, daí seu nome. Inventaram uma escrita codificada em um alfabeto carbonário.
[2] Por um professor de Direito Constitucional”: Uma mala de quinhentos mil reais paga semanalmente por vinte anos?
[3]Uma hierarquia em crescimento, é na verdade, uma holarquia, pois o Universo é composto de holarquias de hólons. Essas holarquias se entrelaçam e se encaixam uma nas outras”. A Holarquia é o nome que Arthur Koestler deu ao modo como o nosso Universo/Natureza se organiza. Cada elemento tem a sua responsabilidade e é insubstituível. Arthur Koestler chamou de holarquia, a coexistência de seres menores em totalidades maiores. Lynn Margulis e Dorion Sagan relatam que: “A vida, na Terra, não é uma hierarquia criada, mas uma holarquia emergente, surgida da combinação, da interação e da recombinação”. No interior das nossas células, existem, neste momento, antigas bactérias que usam oxigênio para gerar energia. Trata-se das mitocôndrias. Essas organelas citoplasmáticas de certo modo, são independentes do resto da célula, com capacidade própria de se replicarem, além de terem os DNAs diferentes do que encontramos no núcleo da célula eucarionte. Na prática, temos o DNA mitocondrial que nada mais é do que DNA de bactéria inserido no nosso. Sem esses invasores primordiais, nem sequer existiríamos. As mitocôndrias são, na verdade, bactérias que viraram parte de nossas células, ou melhor, viraram parte de todas as células eucarióticas dos reinos protistas ou protoctistas, fungos, plantas e animais. Acredita-se que as mitocôndrias e os cloroplastos sejam descendentes do que já foram um dia bactérias de vida livre. Ambas estão envoltas por duas membranas. É importante saber que os cloroplastos estão presentes nas células eucarióticas vegetais.

[4] Também com a nanotecnologia se propõe o uso de prata coloidal como fungicida e bactericida com o surfactante de óleo de mamona saponificado desconhecendo a ricina da lista dos órgãos de repressão ao terror.

[5] A produção a partir do Nitrogênio do Ar na Noruega com Kristian Birkeland em 1913 leva os alemães derrotados na Primeira Guerra Mundial e proibidos de importar aqueles minerais militares a aprimorar o processo através de Haber-Bosch.



[6] O contrário de biodiversidade no microbioma do solo.

[7] Fermentação camponesa de leite anterior ao monopólio dos iogurtes da indústria de alimentos.


[8] Cada parte contém a informação do todo.
 

 


 


 

 




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