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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

domingo, 11 de agosto de 2019

A volta do Arsênico


10 de agosto 2019 - rede sociais
por Sebastião Pinheiro

A obtenção de alimentos pelos nômades era de vital importância para a sobrevivência que as mãos mereciam ser plasmada por quem garantia mais alguns dias de comida, alegria e paz. Esse é a sensação que resta quando vemos as mãos dos heróis nas paredes da Gruta (foto acima) na Província de Santa Cruz, na Argentina, nas proximidades do rio que tem o nome de Pinturas. Elas datam entre 8 e 12 mil anos e alimentam a controvérsia sobre a população da região.

Naturalmente que a mais famosa é a que só traz uma mão talvez com o mesmo significado ou intenção e está em Chauvet-Pont-d'Arc Ardeché. Ao vê-la meu devaneio foi por causa da cor vermelha do Ferro plasmada pelo sangue e gordura, quando hoje em dia o que vale é o mesmo Ferro, mas transformado por filmes de microorganismos na produção de “Ferrihydrite”, que tem grande afinidade com o ouro e é uma forma de sua concentração ou remediação tóxica em casos de contaminação industrial geológica (foto).

Felizes quem pode sonhar com seu conhecimento, quando quase todos não podemos mais pensar com liberdade. A coisa está "feia" como nunca antes, mas divertida; estou lendo o livro "Sapiens, uma breve história da Humanidade" de Yoval Noah Harari. Este livro deve ser lido e estudado em grupo de discussão pelo atrevimento ou decência de suas abordagens. O autor refere-se ao Complexo Industrial Militar denunciado por Eisenhower, mas o estende ao epíteto Científico em associa-lo ao Império. Eu pretensiosamente fiz isso com o termo "Financeiro". Será que existe uma diferença abissal entre os dois?

Estou desesperado com a situação do Arsênico, que retorna cem anos depois da grande crise na Europa no início do século XX com a contaminação e câncer nos alimentos, devido às reações primitivas de sais inorgânicos para a obtenção do "Verde Paris" e afins. Em 1919 eles foram restringidos no tratamento de uvas por contaminar os vinhos na Alemanha. Somente sendo banido em 1944, como uma distração, quando os alemães esperavam a invasão do Exército Vermelho Soviético. Em 1845, a expedição de Sir John Franklin desapareceu (129 membros) devido a envenenamento por metais pesados como Chumbo e Arsênico perto das ilhas Beechey no Ártico canadense e os navios HMS Terror e HMS Erebus buscavam a rota ártica.


Hoje sabe-se que os metais pesados ​​na dieta fria exponenciam seus danos. Na década de 70 do século XX, os finlandeses propuseram que um navio carregado de resíduos de arsênico descarregasse seu lixo no meio do Atlântico, perto da linha do Equador. Os protestos foram grandes, mas ninguém jamais supos se ocorreu ou não. Era uma época muito parecida com a de agora, onde tudo era ideologia, mas não tão religiosa ou fanática.


O que me preocupa é que nos EEUU é dito que todo o arroz está contaminado com Arsênico, alguns dizem que é por microorganismos da via metabólica sulfídrica, outros dizem que é pelo uso da tecnologia LibertLink que permite o uso de herbicidas glifosato (glyphosate) e Glufosinato permitindo maior “Captação” – “uptake” - (extração facilitada pelos herbicidas) de metais pesados ​​mais presentes em áreas áridas irrigadas.

Os indianos grandes produtores de arroz sabem que o manejo da matéria orgânica no solo é essencial para inibir a absorção de metais pesados ​​como o Arsênico. Com a contaminação ambiental pelo Arsênico, ficaremos com as mesmas condições dos EEUU, mas nosso consumo de arroz é dez vezes maior do que os deles.

No Brasil, ninguém quer dizer, mas o uso do arsenical como carrapaticida até os anos 80 foi muito estimulado no Brasil e o “Roxarsone” sem ter registro foi utilizado durante décadas e é adquirido nas fronteiras para o crescimento de suínos, galinhas e bovinos. É de alto risco para a saúde e economia.

O problema torna-se mais sério quando se propõe explorar minas de carvão a céu aberto com contaminação de Arsênio, Chumbo e Radionuclídeos.

O endividamento do Estado e a cogestão das corporações expõem a cidadania ao Arsênico.

Rápido, ainda há tempo, sujam suas mãos com sangue e graxa e marquem as pedras, deixem testemunho. No caso do HMS Terror e do HMS Erebus, 150 anos depois, é discutido se a morte foi por metais pesados, canibalismo ou deficiência de Zn.

Harari tem razão é um Complexo Industrial Militar Científico, com nuances do "Parem de Sofrer"...
 
 

 
 
 
 
 

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