11 de maio
Por Sebastião
Pinheiro
Os termos, divergente, dissidente, contrário,
opositor, antagônico, indiferente, excluídos tanto pelas redes sociais como
pela miséria e indigência, e todos outros similares e afins têm no Brasil atual
um único significado para o atual governo: - comunista.
Não sorria, nem seja ingênuo
pensando que é uma estratégia de retorno da ditadura militar, marketing
incompetente ou ignorância nas hostes do governo, pois não é. É, sim, servidão.
A questão soa a preceito
geopolítico. Lembrem do adágio do General Emilio Mola na Guerra Civil
Espanhola, prestes a invadir Madrid com tropas divididas em quatro colunas.
Instado que seria insuficiente, retrucou que possuía uma “Quinta Coluna” de
traidores no interior da cidade.
Depois da queda do murro de
Berlim e soçobrar da URSS, o neoliberalismo de Thatcher, Reagan e João Paulo II
ficou consolidado no unilateralismo. Há mais de vinte anos o Japão, então
terceira economia do mundo abdicou de sua condição de potência econômica
mundial publicamente, percebendo a velocidade do surgimento da China.
A doutrina Trump “América First”,
hoje nada mais é que resgate do espólio do efêmero império norte-americano,
numa reação tardia baseado inicialmente na tese do geógrafo inglês Halford John Mackinder desenvolvida no Século XVIII, onde dois gigantescos blocos dividem o
mundo.
Em 1984, George Orwell nos trouxe
o mundo divido em três partes em guerra permanente para disputar um território
Oceania, Eurásia, East Asia e Território em Disputa, que superpõe com justeza os
povos de religião muçulmana.
Tanto na visão de Halford, quanto
na de Orwell continuamos o quintal da Oceania, pelo que podemos entender por
que as pessoas que pensam de forma não sintonizada com o governo Bolsonaro é
classificado como comunista. É por essa razão que o chanceler de seu “governo”
faz um documento diplomático e denomina o coronavírus de comunavirus, citando
autores celebres, sem autorização.
Na Itália modernista de Marinetti
se usava uma forma alegre de instalar o totalitarismo: - "Mussolini ha
sempre ragionne". A imitação brasileira usa linguagem de bordel em
pronunciamentos oficiais em rede nacional, seguro pela falta de cultura.
Na tradução recente ao inglês do
livro “Mein Kampf” de Hitler, na apresentação feita por um jornalista britânico
e que é a única coisa que presta no mesmo, ele diz que o facínora (Hitler)
tentou o golpe na Baviera, pois está (muito católica) tinha sido aconselhada
pelo Papa a tornar-se uma nação à parte depois da derrota na Primeira G.
Guerra. O putsch em Munique buscava a unidade alemã. Foi aí que ele ganhou a
simpatia da indústria e bancos alemães (isto deve ser verdadeiro, pois depois
da Segunda Guerra Mundial a Baviera se ligou a Áustria que estava sob ocupação
soviética, somente após a criação da Alemanha Federal é que ela foi obrigada a
reunir-se sob tutela militar norte-americano...
As ordens de Trump sobre
“terraplanismo” e criacionismo anticientífico aproximam os evangélicos das
Igrejas “Pare de Sufrir” e identifica como “quinta coluna” os cidadãos como artifício para evitar críticas e alimentar massa de manobras.
Agora fica fácil entender, o
malcriado Olavo de Carvalho, “guru” da família Bolsonaro, pois ele não
necessita capacidade de análise ou estratégias sofisticadas para os diferentes
brasis. Basta ser ignorante, como na questão do Coronavírus, onde o eixo
Trump-Bolsonaro-Johnson com dois aliados em Milão e Espanha e temos a quase
totalidade da pandemia ocidental.
Ainda é precipitado tipificar a
pandemia como acidente ou ação/reação de guerra híbrida, o que talvez o tempo
dirá. Os chineses não costumam seguir teses ou teorias com menos de mil anos,
talvez por isso que todos os países estão nas mãos da China par conseguir
equipamentos e utensílios para a pandemia, desculpem, exceto Cuba e suas
brigadas de guerrilheiros.
No fundo, no fundo, as hostes
governamentais têm razão em seus epítetos.
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