Para destruir Democracias

04 de maio 
Sebastião Pinheiro 

Bom caminho com muita luz professor Aldir Blanc, suposta vítima do comportamento do governo Bolsonaro na pandemia de covid-19, seu lema é hoje mais importante do que nunca: O BRASIL NÃO CONHECE O BRASIL. Alegado é antônimo de aleatório. 

ALEATŎRIUS, etimologicamente essa palavra latina significa algo de resultado incerto, tanto sorte quanto azar (cientistas aculturados gostam de substituir por "ramdom"). Na Roma antiga, as casas de jogos eram conhecidas como "Aleatoris". A célebre frase “Alea Jacta est” (os dados estão lançados) de Júlio César ao cruzar o rio Rubicon no início da guerra civil contra Pompeu. 

O "aleatório" pode explicar o que é o "acaso" outra expressão latina, mas mais sofisticada por ter três significados diferentes: a) o que ocorre sem objetivo ou causa final, o que é antagônicos à teleologia; b) consequência do passado que não é explicada por uma determinação precedente, pelo que se opõe ao pré-determinismo; c) o último é aquele que ocorre sem explicação ou relação anterior e se opõe ao determinismo. 

Consultei meu dicionário de latim por ser domingo e pela quarentena (determinação cidadã à cidadania), enquanto ontem, pela enésima vez, vi o presidente no Palácio do Planalto a Sede Nacional do Poder Executivo, arremessar seus dados (alea é o nome dos dados) para destruir a democracia. 

Não se preocupem que isso não é exclusivo do nosso país, estou vendo o mesmo em toda a América Latina (Argentina e México por oposição) ou (Peru, Equador e Colômbia como uma situação) antidemocrática, onde há um surto vigoroso de reação religiosa~fascista orientada desde os EUA. (foto acima). Ali, a argumentação do texto é o mesma que se repete em toda parte. É possível alguém discutir naquele país a necessidade de reabrir shoppings centers depois de 70 mil mortes causadas porque Trump o havia decidido teleologicamente... Não havia "acaso", mas sim o determinismo pagado (direta ou indiretamente) como em qualquer outro lugar. 

A camisa do filho de Bolsonaro, o 04, diz muito claramente, que o torturador (coronel do Exército C.A. Brillante Ulstra, morto em 2015, que foi responsabilizado por 502 presos mortos/desaparecidos pela Comissão da Verdade) vive. Por favor, "Torture Vive", é uma manifestação rebelde de contestação juvenil? Certamente que não, é uma influência psicopatológica, igual a seus irmãos 01, 02 e 03, o que ensina Oscar Wilde: Cínico é um ser humano que sabe o preço de tudo, mas o valor de nada; outro Maestro Einstein disse: Meço o valor do homem pela medida em que ele se liberta do seu próprio eu. 

Bem, a pandemia biológica do coronavírus (Sars-Cov2) atravessou a doutrina hegemônica determinada em Davos 2020, onde a única coisa observada foram os mecanismos para impedir o declínio acelerado das Economias Ocidentais mesmo com a Guerra Econômica dos EE.UU contra a China. 

Campbell chama os sistemas altamente cooperativos de "ultra sociais". A ultrassocialidade refere-se a uma organização coletiva com uma divisão total do trabalho, que inclui indivíduos que não coletam alimentos, mas são alimentados por outros, ou que estão preparados para se sacrificar pela defesa dos demais. Com os militares transformados em corporações de “forças públicas pelo poder”, a definição permanece excêntrica, deixando apenas o camponês com essa função, mas despossuídos de seu biopoder, que era forte e poderoso quando o Complexo Industrial Militar ainda não havia conseguido controlar a agricultura mundial, que é a causa da pandemia devido a seu modelo de concentração e anti-biológica. 

As escolas de economia e agricultura ensinavam que a atividade camponesa era aleatória, pelo que deveria haver cuidados e precauções para não faltar alimentos, como é exemplificado em muitos textos religiosos antigos ou não.

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deriva de uma sociedade ...