Assis, 17 de outubro de 2020.
Brigada Pedagógica – “Filhos da Floresta”
por Zé Roberto B. B. (Beto) / Oliver Blanco
Vejamos bem: - Há, nessa cidade, uma Floresta!
Uma floresta para a FAO (Fundação das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) é uma área com tamanho igual ou maior a metade de um campo de futebol, com a presença de árvores com tamanho acima de 5 metros de altura.
A floresta, senhoras e senhores, que há em nossa cidade, e da qual esse texto deve explanar fatos, ideias, perspectivas e considerações para sua preservação, encerra uma pequena área de um dos dois Biomas mais lindo em nosso país e no mundo, e faz-se exatamente aqui sua transição Mata Atlântica/Cerrado, no futuro coração e pulmão verde da cidade de Assis. Significa dizer que em tal área ocorre espécime animais, vegetais que resguarda sua sabedoria antropológica e conhecimentos dos biomas Cerrado e Mata Atlântica.
- Dois Biomas numa só floresta em nossa cidade que pode ser a base para o futuro da cidade em destinar e acumular no solo todo seu resíduo orgânico produzido em seu interior bem como sua ciclagem no local, concomitantemente, preparando a cidade para as negociações e adequações futuras para o clima do mundo: fixar os gases dos efeitos estufas através recarbonização.
Uma floresta urbana educadora e que presta seu serviço gratuito para harmonizar e absorver as ondas de calor gerados pela pavimentação da cidade, pois localiza-se dentro do perímetro urbano do município de Assis (vide mapa acima), compreendida entre os bairros Parque Universitário, Vila Tênis Clube e Vila Cambuí, Vila Operária, Vila Carvalho e Vila Orestes, tendo em seus limites importantes marcos do município: Unesp, Tênis Clube, Estádio “Tonicão”, SESI, Avenida Mário de Vitto e Parque Ecológico ‘Buracão’.
Floresta que, cercada pela “urbanização”, sofre as agressões e depredações ao meio periurbano e Ambiente natural tipicamente deflagradas pelas cidades graças aos cidadão que ali transitam e resolveram agir:
- Já faz muito tempo que em Assis se vê muito lixo descartados irregularmente. Aos todo são 23 pontos (vide imagens de alguns pontos na cidade atualmente...) e, desses diversos pontos, há algum tempo, uma localidade transformou-se em ponto de despejo compulsivo de todo tipo de lixo, ao ponto de toda cercania e munícipes que direta ou indiretamente fazem do local seu trabalho informal o conhecer como: lixão! – sim, Assis tem um lixão e isso é péssimo para cidade e para qualquer administração pública... Os depósitos de lixos são antigos, desde 2009 quando começamos a acompanhar (fotos).
Lixão Tênis Club, agosto 2020. |
Lixo hospitalar no lixão do Fortuninha, fevereiro 2020. Lixão Parque Colinas, setembro 2020. Lixo Nova Assis, outubro 2020.
Parque Eldorado, outubro 2020. |
Os registros de lixões em Assis são recentes e evidencia uma urgência pública em retomar os diálogos com população sobre a política de Resíduos Sólidos e outras ações...
- As tubulações que despejam as águas pluviais coletadas pelas ruas/calçadas dos bairros vizinhos e que fazem margem ao córrego Fortuninha, e que abastece a biodiversidade da floresta, mesmo não sendo tubulações de esgoto propriamente dito, mesmo neste despejo no córrego são compostas por uma grande variedade de produtos químicos usados em uma gama diversa de atividade na cidade, como uma perigosa, a “campina química” com herbicida Glifosato, além, também, de muito lixo que chega às água do córrego via tais tubulações ou descendo do ponto generalizado de despejo de lixo (localizado em patamar de solo elevado em relação ao córrego) estão expostas pela erosão; atualmente salientamos que as manilhas em boa parte do terreno, mata ciliares do córrego, estão erodidas devido à má conservação da vegetação nativa no espaço e uma voçoroca se criou e é cada vez maior sua expansão. (fotos)
- Uma área de mata dessa floresta está dividida pelo prolongamento da rua João Ramalho, ligando a Vila Tênis Clube ao Parque Universitário, isso causa atropelamentos de componentes da fauna local que se refugia dos impactos urbanos, e seca as bordas da floresta separadas pela rua, causando uma morte gradativa dessa importante faixa de mata.
- Na época mais seca e fria do ano, uma série de queimadas ininterruptas que acompanhamos desde 2009 até os dias de hoje impulsiona nossa ação direta, diante das autoridades locais que continuam combatendo os efeitos e não possuíram ainda atitudes de enfrentar esta causa importante para as gerações futuras da cidade e seu lazer/turismo/pedagógico e científico: tombar a Floresta como patrimônio Ambiental do município de Assis.
Essas queimadas sequenciais ocasionam bosqueamento paulatino e conformação de pastagem, surgindo novas áreas de depósito de lixos e de constante queimadas, virando então loteamento irregulares substituindo a riqueza ambiental de importância para a redução das ondas de calor emanadas diariamente pela cidade. As queimadas são criminais, sem dúvida, intencionais, pautadas em interesses escuso fora da preservação ambiental deste patrimônio para cidade de Assis e seu futuro social, econômico e científico.
A preservação ambiental é um aspecto inerente a qualquer norma, lei, diretrizes de qualquer natureza, direcionados à atuação e posicionamento da sociedade em decidir o futuro de sua cidade, em todas suas instâncias, para com a floresta urbana e preservação deste pedaço de Bioma que se caracteriza por ser o lugar mais importante para quem vive nele; bioma é solo, e solo, é a sustentabilidade que chega a todos/as – Mata Atlântica e Cerrado, que abriga uma manancial aquático (nascentes do córrego Água da Fortuninha e parte considerável de seu leito), integrante, por sua vez, do sistema aquífero do rio Paranapanema.
Alguns fatores pesam, portanto, no tocante a estarmos classificando essa área de floresta, dentro do perímetro urbano do município de Assis, como importante ponto de preservação ambiental onde o problema da depredação do ecossistema natural precisa, com urgência, ser observado com a atenção devida pelos munícipes e pelo órgãos públicos, assim também pelas instituições privadas da cidade, uma vez que as ações de cada um desses personagens impacta o ambiente refletindo na saúde da Floresta e de todos.
Pássaro Alma-de-gato - Piaya cayana (Linnaeus, 17766), se alimentando das sementes do Margaridão.
Há ainda a presença da fauna e da flora destes biomas nacionais ameaçados severamente pela intensa marcha civilizatória urbano/industrial & agropecuarista das últimas décadas no Brasil; existem animais em diversos graus de ameaça de extinção que tem aquela floresta como seu habitat natural, vide (Anexo I – lista de animais registrados); há um córrego, integrante da importante Bacia Hidrográfica do Paranapanema, com nascentes brotando da terra ao longo de seu leito nessa floresta, o que tem assegurando a muito tempo o fluxo continuo dos resíduos químicos e da água captada, como também o esgoto, de boa parte da cidade.
Essa floresta é um importante ponto verde para a residência temporária, e transitória de culturas como as dos animais que vivem em outros fragmentos de florestas ou mata no entorno de Assis, como o Horto Florestal, sendo rota para o Paranapanema e até de espécies que migram a grandes distâncias. E tudo isso é um conjunto de alguns aspectos que fazem desta área, permanecer intocável para a especulação imobiliária, e que é de fato um patrimônio dos munícipes de Assis e futuro da cidade na questão turística, econômico, sociocultural, educacional e científica, e sua preservação e proteção ambiental deve ser logo garantida, bem como sua manutenção e recuperação total é uma prioridade.
Contudo é importante também o bom-senso, a consciência e a educação ambiental que a área poderá preservar para as Escolas de Assis, como também, ser uma praça de ciência para a Unesp – campus de Assis, na área biológica e biotecnológica com confrontamento social, caracterizando um campo para a ciência do futuro que concilia o desenvolvimento social com o ambiental.
Neste espaço, um grupo de munícipes, que aqui se apresenta como Filhos da Floresta, vem buscando a socialização de práticas pedagógicas, com atividade que buscam a harmonização da relação Ser/Ter/Humanos com o Ambiente Natural, nas instâncias espirituais, recreativas, lúdica, culinária (PANCs – Plantas Alimentícias Não Convencionais) e fitoterápica, como também trabalhar a educação ambiental, com a práxis em recuperação de solos, descontaminação de depósitos de lixos ilegais, acompanhados pela a análise de Cromatografia de Pfeiffer e gestão em sistema de holarquias técnica civil e públicas integradas. Este é um tema que iremos levar ao CODAMA.
Acompanhamento da contaminação do solo por resíduos tóxicos proveniente do lixo e da queimada dos lixos no local, com a técnica de Cromatografia de Pfeiffer.
Trata-se de grupo de pessoas que realiza atividades vitais ligadas ao espaço Florestal, público cidadã que se relacionam com o meio urbano-Florestal do local de forma diferente ao realizado pela grande maioria, feito tradicionalmente por boa parte dos cidadãos que conhecem não a Floresta, mas o ponto de Lixo cuja ligação com este espaço se dá pautada em diretrizes depredadoras insustentáveis, tóxicas, atingindo a máxima da preservação. O conjunto deste fragmento de Floresta pode dar a Assis o seu mínimo de cobertura verde exigida para uma cidade contrabalancear sua geração de calor pavimentado, que é no mínimo 35%, sendo o ideal, 58%.
Expandimos
socialmente e entendemo-nos como parte inerente a este fragmento de solo que
preserva características única de um Bioma de transição. Dependemos desta área
para a saúde atmosférica da cidade, somos parte deste ecossistema e lugar, que é
parte inerente para nossa cidade, futuro e como moradores mais próximos, assim
sentimos e entendemos nós mesmo, Filhos da Floresta. Resíduos altamente tóxicos, lixo comum em Assis.
Organizados agora diante das vias de fato desta urbanização desregular e futuro do desenvolvimento da cidade de Assis nas área confrontantes desta localidade Florestal, retribuímos nossa arte civil/cidadã com a co-participação ativa neste processo de pessoas engajadas na preservação ambiental, é que iniciamos e propomos o debate, como coletivo de cidadãos com atividades vitais intrinsecamente ligadas a floresta, com as demais partes envolvidas e a quem as questões ligadas ao ambiente físico da floresta da Água da Fortuninha possam interessar.
Reunimo-nos formalmente junto ao Jatobá pertencente a esta Floresta, sempre como uma Brigada Pedagógica, cotidianamente, desenvolvendo atividades conjuntas voltada a educação ambiental, como também no combate às queimadas, descarga de lixos e outras, como a preferida, contemplações da Natureza que fortalecem nossos laços com ela, como um cordão umbilical que nunca deveria ter sido cortado. Viemos, através deste texto portanto, comunicar aos devidos responsáveis pela administração pública oficial, nosso interesse em regulamentar essa atividade para atuarmos como agentes na promoção de valores tais como a aliança entre o espaço preservado e o bem estar sociocultural, incluído a economia criativa, solidária e sustentável no espaço, também entendida como economia verde para o município.
Propomos ações junto aos alunos da Biologia e Biotecnologia da Unesp/Unip/FEMA e outras instituições regionais integrando a arte-educativa junto a população por meio de um instrumento paradidático legal conhecidos como “oficina participativa” dentro das Brigadas Pedagógicas, por meio do qual compartilhamos sabedorias de culturas silvícolas, construindo o conhecimento histórico para se fazer a Agroecologia Popular e de todos e todas, socialmente justa, ambientalmente correta de maneira a permitir que a população participante conheçam a importância e a sorte de ter uma riqueza dentro de sua cidade, uma Floresta.
Essa oficinas são livres e populares e funcionam descentralizadas, entendendo a cada interessado com equidade na construção do conhecimento e no resgate da cultura também na sua agricultura. Sendo de fato um movimento de Agroecologia Camponesa alinhados às novas diretrizes de envolvimento e desenvolvimento de Comunidades da ONU/FAO que acontecem concomitantemente no mundo todo. Por meio de diálogos, leituras coletivas, teatro e mutirões de trabalhos físicos junto com o de pensar, avançamos para uma educação participativa com prática in loco, criando no cidadão um estímulo a cuidar melhor de suas calçadas e árvores, como também o de fazer conscientizar sobre o espírito da convivência em comunidade, a proteger a Natureza no meio em que vivem todos.
Para tanto, pleiteamos, junto às entidade de gerência pública de nossa cidade e outras entidades demais que possam ser responsáveis pelas questões todas ligadas à área de interesse deste projeto que aqui apresentamos, o alvará, ou instrumento compatível de regulamentação, para que construamos uma Base Pedagógica Oca Cultural (como status de Eco Ponto da SEAMA) para ações diretas de preservação e fiscalização do espaço.
Proteção do Jatobá e plantio de 50 mudas em seu entorno pelos Filhos da Floresta , outrubro 2020.
Este é um ponto de nosso projeto, a Oca Cultural. Outro ponto que pleiteamos é a regulamentação e manejo sustentável da Floresta na extração não predatória de matéria prima para uso científico pedagógico para manutenção ambiental local, como exemplo a coleta de semente arbóreas, na recuperação e restauração dos ambientes contaminados pelo lixo ilegal, depois de anos de queimadas irregulares, como hoje se encontra o local, ainda negligenciada pela SEAMA, de materiais xenobióticos, ou seja, estranho a vida e que destrói os ciclos naturais biogeoquímicos do espaço, hoje, acumulados no solo dificultando a filtragem natural por falta do manejo da vegetação, de um estudo fitosociológico vegetal local, que contamina o ciclo da água, dificultando o restabelecimento legal deste espaço como patrimônio Florestal para a cidade de Assis.
A Floresta também possibilita o sustento e ofício do
artesanato, como pequena atividade econômica criativa e que possibilita entre
os membros do grupo um auxilio intrínseco no local em sua preservação,
fiscalização e manutenção e identificação de espécies, como registros da fauna
e o principal da sustentabilidade mundial: os estudos de acumulação de
carbono e fixação dos Gases do Efeito Estufa, possibilitando no futuro uma
oportunidade para a cidade de Assis, junto ao Euro Clima, parcerias e projetos
de bem estar social com atividade já implantada de manutenção do clima mundial.
Acompanhamento da Microbiologia
Neste ponto, que propomos a regulamentação destes fatos reais descritos acima, dentro dos moldes legais, compartilhamos e temos interesse em contribuir como coletivo organizado em torno de princípios de caráter emergenciais de preservação ambiental, promovendo assim, o manejo sustentável das matérias vegetal que servem como ofício de artesão, a exemplo do que acontece com outras áreas verdes que foram catalogadas como sendo de preservação sem que, para isso ocorrer, as pessoas que tiram seu sustento das floresta precisassem ser realocada fora delas, pois constitucionalmente é garantido o direito dessas pessoas a habitarem esses lugares e exercerem esses ofícios, tendo meios legais dessas atividades serem realizadas paralela à preservação ambiental, ao equilíbrio e compensação energética e à saúde do solo, da Floresta e das comunidades que a circundam.
Junto a proposta da regulamentação da atividade extrativista sustentável para os artesãos, com também praça científica para estudos da Unesp e outras instituições parceiras, nesta área então, de pleito legitimado, também pela constituição, segundo a qual é garantido ao cidadão brasileiro entendido como ‘nativo’ ou ‘povo tradicional’ o direito ao exercício de suas atividade vitais e aos espaços físicos necessários para o seu total desenvolvimento e sustentabilidade socioeconômica, que vimos a necessidade de se ter um centro cultural no espaço, a Oca Cultural.
Tendo listado até aqui esses pontos de nosso projeto,
passemos ao principal e de caráter emergencial, a conformidade, divulgação, e
os estudos da Floresta, já realizados pelo grupo Filhos da Floresta compostos
por profissionais cidadãos ativos de várias áreas e estudantes acadêmicos
engajados no ativismos ambiental, que neste ano de 2020 criou a Brigada
Pedagógica para atuar in loco no combate ao lixo ilegal, e das queimadas
que nesta época são mais perigosas ainda devido à paralisia mundial do
Covid-19. A fumaça tóxica do fogo invade a atmosfera da cidade.
A necessidade da presença no local de uma Brigada Pedagógica e de caráter psicossocial nos diálogos com a população e comércio (lojas, construções civis, carroceiros, prestadores de serviços de jardinagens – todos flagradas em imagens jogando lixo no local) e que fazem deste espaço um depósito de seus lixos, e catadores de recicláveis seu complemento de renda ou renda principal, estamos nos colocando a disposição para cumprir a meta da cidade com os compromissos ambientais administrativos independente de partidos ou da gestão pública que ocupa o cargo deferido pela população. Única forma de fazermos frente ao problema é através da informação, educação e ação local, ajudando então, a evitar estes crimes ambientais tão próximos do corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Bairros Urbanos com reais prejuízos, muito deles invisíveis, ou passando despercebidos pela gestão pública atual.
Estamos abertos e dispostos a parcerias com o corpo de bombeiros para viabilizar este ponto do projeto, assim como a parcerias com entidade educacionais para criação do ponto da Oca Cultural e com entidades de pesquisa e ciência para viabilizar o manejo sustentável da área. Neste ínterim, reuniões já estão sendo marcadas para formalização deste projeto e sua execução.
Um ponto importante deste projeto diz respeito ao futuro da convivência humana entre os munícipes de Assis. Um sociedade já não pode ser planejada, conduzida ou construída sem a presença da Natureza, assim como a Natureza não poderá ser recuperada, manejada ou planejada sem a presença antrópica de sua sociedade que invade seus espaço secular no tempo e espaço. Assim se busca a espiritualidade e saúde nos tempos atuais. Quanto mais uma sociedade preservar sua Natureza maior é sua espiritualidade. Nós, Filhos da Floresta, no tocante a este ponto, desejamos construir essas relações de caráter mundial, com a Brigada Pedagógica, Oca de pajelança, para vivenciarmos do que nos é próximo e próprio de nós mesmo, mostrando ao público interessados e que se associam, essa cultura e maneira em que os povos da floresta, outrora habitantes deste espaço, tratam esses valores humanos em sua saúde física e espiritual, e comunitária.
No espaço desta Oca de Pajelança fortaleceremos e daremos continuidade nestes conhecimentos, e sua possibilidade de construção e comunicação em outros bairros e locais de Assis, de uma medicina fitoterápica popular, hortas de PANCs coletivas, e restauração de espaços e saúde coletiva – como o conceito, tecno-prático de transformar “praças públicas” em sub-bosques, que é e vem sendo oferecida pelas Florestas do mundo todo e não é diferente deste pequenos espaço que temos.
Há, ainda, uma necessidade enorme de realizar ações que despoluam as água do córrego, quanto a isso, por hora, pedimos à administração pública de Assis que pense seriamente e trabalhe no sentido de revisar e se possível redirecionar toda e qualquer tubulação, de qualquer tipo, que despeja cargas no córrego a um sistema de tratamento de água pluviais.
O córrego limpo, despoluído, torna-se saudável novamente, sendo de grande valor turístico para o município, com a redução dos impactos sanitários do lixo, sendo fundamental para a vitalidade de todos os outros ecossistemas interligados a ele e às questões acima já citadas, referente a bacia hidrográfica do Paranapanema.
Em suma, nós, os Cidadão Conscientes da Floresta, propomos a regulamentação das atividade necessárias para alavancar os quatro pontos listados neste texto para fazer da floresta da Água da Fortuna um ponto de preservação ambiental sem detrimento da realização de atividades, outras como a econômica e a espiritual; uma área de preservação para todos, aberta ao usufruto do lazer, educação ambiental, e de consciência de uma Natureza muito próxima da população sem, no entanto, ser reduzida à um mero bosque ou praça com tendência especulativa imobiliária.
A exemplo desta especulação imobiliária, que foi gradativamente se transformando em uma extensiva área de pastagem implantada e nativa, com esparsos arbustos em regeneração e raras árvores de corte proibida e protege em lei, e que outrora comporia parte da floresta e que faz fundos com o galpão da cooperativa de catadores de materiais recicláveis de Assis (COOPERCOP), hoje é praticamente habitada entre um bairro e condomínio fechado, que se estende até o encontro da avenida Mário de Vitto com a rua João Ramalho, no bairro Parque Universitário, que mostra claramente o avanço sobre a reserva Florestal e que isso pode ser evitada com a magnitude de um projeto como este.
Essa prática de destruição gradativa da Floresta, caracterizada por aplicação maciça de herbicidas, fogos criminais, e depósito de lixos abandonados está novamente ameaçando parte da Floresta atualmente, como observado no registro fotográfico de outubro de 2020 a seguir:
Para o ponto de apoio, base desta Brigada Pedagógica, não ficarem apenas na aparência, lembrando da integração harmônica sociedade/natureza, serão edificadas seguindo os princípios da Permacultura e agricultura ecológica de manejo sócio espacial e estrutural do local com a participação social formalizadas em oficinas gratuitas abertas à população; vivenciando um sistema de cultura permanente em que se preza pelo ciclo da matéria orgânica - no caso específico do local, orientação aos munícipes para o correto descarte, das podas - cortes de árvores, das limpezas de terrenos e outras costumeiramente e diariamente lançadas de qualquer jeito que acabam sendo queimada junto com os materiais poluentes, e assim, futuramente, trabalhar os resíduos orgânicos do lixo, diminuindo os impactos sanitários de sua coleta diária.
Entendemos como tragédia para a cidade de Assis e às próximas gerações, a negligência deste pequeno extrato de Bioma e ecossistema para seu funcionamento futuro em propiciar lazer, turístico/econômico e científico a perda desta Floresta de transição Cerrado Mata Atlântica. Loteamentos irregulares seguida de um desmatamento que tem aproveitado as queimadas constantes, e o desinteresse legal em resolver a situação de lixo faz avançar este processo depredatório.
O mais importante hoje para o mundo e especificamente para o futuro de nosso município é a qualidade do clima e do solo para às próximas gerações. A cidade de Assis pode avançar e ser exemplo entre os municípios da região a propiciar e garantir seu futuro socioeconômico preservando ou ampliando sua Natureza.
***
Anexos, bibliografias
- http://oextensionista.blogspot.com/2013/09/o-triste-fim-do-corrego-fortuninha-em.html#.X24puu1v_IU
Anexo I – Lista de animais nativos
Anexo II – Lista espécies vegetais nativas
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