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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

AGROTÓXICOS GENÉRICOS



29 dezembro 2019
Prof. Sebastião Pinheiro

A professora Márcia me trouxe uma denúncia. Os cidadãos de 1648 Londres, 1792 Paris, 1919 Córdoba, 1983 Ilha Tocantins/PA não podem deixá-la cair no vazio:
  

GENÉRICOS é um termo que surgiu faz pouco mais de duas décadas para identificar os medicamentos industriais que possuem o mesmo ingrediente ativo, com a mesma concentração, dosagem, mas não tem o nome fantasia que a marca de referência o lançou no mercado. Uma marca ao ser conhecida e reconhecida muitas vezes é mais importante que o produto e pode fazer um medicamento custar até o dobro de seu valor.  


Logo, um medicamento genérico é mais barato. Há outro problema nos países onde a corrupção é parte da gestão pública. Uma empresa que adquire o ingrediente ativo para fazer sua formulação paga mais caro, pois quem a vende não deseja a concorrência.  


Então, é fácil entender que a proposta dos genéricos é conhecida na América Latina desde 1959 mas chegou ao congresso nacional pelo médico Eduardo Jorge em 1991. Dois anos depois o decreto 793 determinou que o nome técnico nas embalagens, fossem maiores que o nome fantasia. A “desmoralização” do nome fantasia rompeu a resistência da indústria farmacêutica aos genéricos foram transformados na Lei N° 9.787/99, sem poder ter “nome fantasia”.  


Os preços dos medicamento baixou em até 400% com o advento dos genéricos e pequenas indústrias surgiram com ótima qualidade, também em função de que muitos já teriam seu período de proteção por patentes expiradas e a estrutura do nome fantasia é que garantia os lucros para as corporações e os genéricos não necessitavam refazer estudos clínicos sobre os efeitos colaterais e outros pertinente que elevavam os custos. A partir destas conquistas, na sequência do sucesso, políticos ventríloquos de interesses industriais (induzidos) tentam aprovar uma lei de Genéricos para os Agrotóxicos.   


O médico contra o almirante que presidirá a Agência de Vigilância Sanitária é obrigado a esclarecer: As sínteses de medicamentos seguem regras estritas, diferentes das normas dos agrotóxicos, por uma simples palavra: IMPUREZAS.


Por exemplo, quando terminou todo o Pentaclofenato e Lindano da Rhône-Poulenc intermediado pelo embaixador D. Netto para CAPEMI (Caixa de Pecúlio dos Militares) na retirada da madeira do futuro lago de Tucuruí, que tinha embutido um Caixa 2, para a eleição do Ministro do SNI Otário de Medeiros, buscou-se um genérico na China em recente processo de industrialização. O Pentacloro Fenato de Sódio chinês foi descarregado no Rio de Janeiro e armazenado no Mercado São Sebastião. Intoxicando duas dezenas de trabalhadores, matando 6. 


A ditadura a contra gosto foi obrigada emergencialmente a baixar o Decreto-Lei 2.063/83 sobre transporte de substâncias perigosas. O ingrediente ativo no Pentaclorofenato de Sódio chinês era o mesmo que dos países industrializados, mas suas impurezas em cloro furano e dioxinas eram mil vezes maiores. O exemplo 2, é mais grave, pois parte do Dicofol fungicida da citricultura contém 11% de DDT e há trabalhos científicos que não imaginam como um produto de uso proibido faz duas décadas, ainda é encontrado em valores tão altos no suco de laranja. O mesmo se passa com a Trifluoralina, pela impureza Nitrosina... Estes exemplos servem para mais de 800 princípios ativos registrados e reconhecido pelo International Register of Potentially Toxic Chimicals, do Programa Ambiental das Nações Unidas. Sem adentrar que os quirais ou estéreo isômeros não têm a mesma eficiência e os exportados para países subdesenvolvidos são oferecidos de acordo com o grau de pureza. O portfólio de Glifosato (Glyphosate) na China tem mais de 200 tipos de preços, todos "genéricos" com a mesma concentração e o preço varia de acordo com o conteúdo tóxico das impuerezas que eles contêm.


O problema maior em um agrotóxico é que a formulação necessita que mais de 60 tipos de produtos para que o produto esteja pronto para sua venda como insumo, na verdade consumo pelo produtor do agronegócios. Dentre eles temos os solventes, emulsificantes e 58 outras substâncias que possui centena de milhares de impurezas tóxicas que nos países industrializados são controlados pelas autoridades da saúde, sem intervenção pecuniária-participante dos “gestores” da agricultura. Um solvente benzeno contendo microgramas de Gama-pireno se fabrica dez mil vezes mais tóxico.  


Por exemplo, o 1,4 Dioxano tem impureza que causam danos no fígado; Clorobenzol, Triclorofenol e outros clorofenois formam Dioxinas e furanos Halogenados. E não há laboratório que trabalhem com concentrações de yactogramas para detectá-los.  


Em 1988 um escândalo nos vinhos Brancos na Europa, pois estavam colocando polietilenglicol nos vinhos, mas o problema maior é que a fraude era feita com produto industrial. 


Diariamente vemos pessoas ignorantes, corruptas usando silicones industriais para injeções protéticas no corpo humano, mas o Silicone Industrial não tem o padrão da Medicina... 


Para terminar, por suposto que o agrotóxico genérico é a forma da indústria química-farmaceutica ocidental e local tem para competir com os produtos chineses, por uma lado pressionando para o uso dos produtos mais atuais, com vigência de patentes; e por outro, com as moléculas ultrapassadas que vendem para os empresários formuladores que ignoram qualidade e responsabilidade. 


Para que não haja dúvida, o agrotóxico é desnecessário na saúde e na agricultura mundial.




 

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